Deputados chilenos rejeitam pedido de impeachment de Piñera
Parlamentares votam contra acusação para responsabilizar presidente por violações de direitos humanos cometidas durante protestos. Essa foi a segunda iniciativa do gênero na história do país.A Câmara dos Deputados do Chile rejeitou nesta quinta-feira (12/12) uma acusação constitucional contra o presidente Sebastián Piñera que alegava que falhou em prevenir violações de direitos humanos cometidos durante os protestos no país. Esse era o primeiro passo para a abertura de um processo de impeachment contra o mandatário.
A rejeição foi decidida em uma votação apertada em uma sessão de debate que durou seis horas. O placar foi de 79 votos a favor e 73 contra a chamada "questão prévia", cuja aprovação faria com que o pedido, apresentado em 19 de novembro, não fosse analisado.
A maioria dos deputados entendeu que a denúncia não atende aos requisitos previstos na Constituição. O pedido foi apresentado por parlamentares da oposição que visavam responsabilizar Piñera pelas violações de direitos humanos cometidas por agentes de Estado durante a onda de protestos que atinge o país.
A acusação constitucional é um procedimento que permite aos deputados iniciar um julgamento político contra uma autoridade e pode levar ao impeachment do presidente. Para seguir adiante, o mecanismo precisava da maioria absoluta na Câmara e posteriormente do apoio de dois terços do Senado.
Essa foi a segunda vez na história do Chile que deputados apresentam uma acusação constitucional contra um presidente em exercício. A primeira foi em 1956 contra Carlos Ibáñez del Campo, que também foi rejeitada.
A denúncia apresentada afirmava que Piñera era responsável pelos atos de sua administração que "comprometeram gravemente a honra da nação" e por "violar abertamente a Constituição e as leis ao consentir que as Forças Armadas e da ordem cometessem abusos sistemáticos e generalizados de direitos humanos".
A defesa de Piñera argumentou que o processo era ilegal e disse que o presidente não procurou "reprimir os manifestantes", mas "manter a ordem pública".
Embora a oposição chilena possua 83 assentos na Câmara contra 72 governistas, vários deputados opositores já haviam se manifestado contrários à acusação contra o presidente.
As manifestações no Chile – as mais graves desde a redemocratização do país, em 1990 – começaram em 18 de outubro devido a um aumento da passagem do metrô de Santiago, revogado depois pelo governo. Os protestos, porém, se voltaram contra o modelo econômico neoliberal do país.
A maioria das manifestações foi pacífica, porém, houve incidentes de extrema violência que já deixaram 24 mortos e mais de 2.800 ficaram feridos, 300 deles com graves lesões oculares devido a disparos de projéteis no rosto.
CN/efe/rtr
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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A rejeição foi decidida em uma votação apertada em uma sessão de debate que durou seis horas. O placar foi de 79 votos a favor e 73 contra a chamada "questão prévia", cuja aprovação faria com que o pedido, apresentado em 19 de novembro, não fosse analisado.
A maioria dos deputados entendeu que a denúncia não atende aos requisitos previstos na Constituição. O pedido foi apresentado por parlamentares da oposição que visavam responsabilizar Piñera pelas violações de direitos humanos cometidas por agentes de Estado durante a onda de protestos que atinge o país.
A acusação constitucional é um procedimento que permite aos deputados iniciar um julgamento político contra uma autoridade e pode levar ao impeachment do presidente. Para seguir adiante, o mecanismo precisava da maioria absoluta na Câmara e posteriormente do apoio de dois terços do Senado.
Essa foi a segunda vez na história do Chile que deputados apresentam uma acusação constitucional contra um presidente em exercício. A primeira foi em 1956 contra Carlos Ibáñez del Campo, que também foi rejeitada.
A denúncia apresentada afirmava que Piñera era responsável pelos atos de sua administração que "comprometeram gravemente a honra da nação" e por "violar abertamente a Constituição e as leis ao consentir que as Forças Armadas e da ordem cometessem abusos sistemáticos e generalizados de direitos humanos".
A defesa de Piñera argumentou que o processo era ilegal e disse que o presidente não procurou "reprimir os manifestantes", mas "manter a ordem pública".
Embora a oposição chilena possua 83 assentos na Câmara contra 72 governistas, vários deputados opositores já haviam se manifestado contrários à acusação contra o presidente.
As manifestações no Chile – as mais graves desde a redemocratização do país, em 1990 – começaram em 18 de outubro devido a um aumento da passagem do metrô de Santiago, revogado depois pelo governo. Os protestos, porém, se voltaram contra o modelo econômico neoliberal do país.
A maioria das manifestações foi pacífica, porém, houve incidentes de extrema violência que já deixaram 24 mortos e mais de 2.800 ficaram feridos, 300 deles com graves lesões oculares devido a disparos de projéteis no rosto.
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