Desmatamento na Amazônia cresce 104% em novembro
Segundo dados do Inpe, devastação do bioma bate recorde para o mês. Em 2019, sistema de alerta indica aumento de quase 84% de área desmatada em relação ao ano anterior.O desmatamento na Amazônia voltou a bater recorde em novembro. Dados divulgados nesta sexta-feira (13/12) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que a devastação do bioma cresceu 104% em relação ao mesmo mês de 2018.
Segundo o Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), em novembro, 563,03 quilômetros quadrados de floresta foram devastados. Este foi o maior crescimento nas taxas de desmatamento para o mês desde o início da série histórica em 2015.
O Deter indicou também um aumento de 83,9% na devastação da floresta entre janeiro e novembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2018, passando os 4.878,7 quilômetros quadrados registrados no ano passado para 8.974,31 quilômetros quadrados.
A tendência de alta no desmatamento apontada pelo Deter, que faz levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, foi confirmada pela medição oficial, o Prodes.
O sistema de monitoramento mostrou que, entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu 29,5% em comparação com os 12 meses anteriores. Ao todo, a floresta perdeu uma área de 9.762 km² (equivalente a sete cidades do Rio de Janeiro). Foi a maior taxa de desmatamento registrada desde 2008.
Após a repercussão internacional do aumento do desmatamento verificada a partir de julho, o presidente Jair Bolsonaro acusou, sem provas, o Inpe de mentir sobre os dados e exonerou o então diretor do instituto, Ricardo Galvão, que havia rebatido as críticas do presidente. Por sua oposição ao governo e defesa da ciência, o pesquisador acabou eleito pela revista especializada Nature um dos dez cientistas que se destacaram em 2019.
O Brasil abriga 60% da Floresta Amazônica, que é um regulador chave para os sistemas vivos do planeta e também para o índice de chuvas no país. Suas árvores absorvem cerca de 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano e liberam 20% do oxigênio do planeta.
Depois de ter sido considerado uma história de sucesso ambiental, o Brasil vem perdendo esse espaço, principalmente, desde a eleição de Bolsonaro, que já declarou várias vezes a intenção de explorar a floresta e negou a existência das mudanças climáticas. Devido ao discurso do presidente e à agenda ambiental do governo, especialistas temem que o desmatamento atinja níveis alarmantes nos próximos anos.
CN/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| App | Instagram | Newsletter
Segundo o Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), em novembro, 563,03 quilômetros quadrados de floresta foram devastados. Este foi o maior crescimento nas taxas de desmatamento para o mês desde o início da série histórica em 2015.
O Deter indicou também um aumento de 83,9% na devastação da floresta entre janeiro e novembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2018, passando os 4.878,7 quilômetros quadrados registrados no ano passado para 8.974,31 quilômetros quadrados.
A tendência de alta no desmatamento apontada pelo Deter, que faz levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, foi confirmada pela medição oficial, o Prodes.
O sistema de monitoramento mostrou que, entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu 29,5% em comparação com os 12 meses anteriores. Ao todo, a floresta perdeu uma área de 9.762 km² (equivalente a sete cidades do Rio de Janeiro). Foi a maior taxa de desmatamento registrada desde 2008.
Após a repercussão internacional do aumento do desmatamento verificada a partir de julho, o presidente Jair Bolsonaro acusou, sem provas, o Inpe de mentir sobre os dados e exonerou o então diretor do instituto, Ricardo Galvão, que havia rebatido as críticas do presidente. Por sua oposição ao governo e defesa da ciência, o pesquisador acabou eleito pela revista especializada Nature um dos dez cientistas que se destacaram em 2019.
O Brasil abriga 60% da Floresta Amazônica, que é um regulador chave para os sistemas vivos do planeta e também para o índice de chuvas no país. Suas árvores absorvem cerca de 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano e liberam 20% do oxigênio do planeta.
Depois de ter sido considerado uma história de sucesso ambiental, o Brasil vem perdendo esse espaço, principalmente, desde a eleição de Bolsonaro, que já declarou várias vezes a intenção de explorar a floresta e negou a existência das mudanças climáticas. Devido ao discurso do presidente e à agenda ambiental do governo, especialistas temem que o desmatamento atinja níveis alarmantes nos próximos anos.
CN/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| App | Instagram | Newsletter
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.