Ministro alemão do Exterior condena política de EUA para Irã
Enquanto governo Trump promove uma escalada no conflito com Teerã, UE aposta em diplomacia, declara Heiko Maas, urgindo iranianos, apesar de tudo, a se aterem ao acordo nuclear abandonado unilateralmente pelos EUA.O ministro alemão do Exterior, Heiko Maas, criticou a política de pressão máxima do presidente americano, Donald Trump, contra o Irã. Ressaltando que "gestos de ameaça e operações militares" em nada alteraram o comportamento do governo iraniano, observou: "Não devemos fazer de conta que, com uma mudança de regime em Teerã introduzida de fora, a situação vá melhorar automaticamente. Em outras partes isso já deu bem errado, por exemplo no Iraque."
Se a intenção é melhorar a situação dos iranianos, de nada adianta suspender o diálogo, disse Maas ao periódico alemão Bild am Sonntag neste domingo (19/01). "Então precisamos falar com o Irã e exigir o respeito aos direitos humanos. Seja como for, meras ameaças e exacerbações militares não adiantaram de nada. Queremos evitar um incêndio descontrolado no Oriente Médio. A União Europeia aposta em diplomacia, em vez de escalada."
Segundo o político social-democrata, americanos e europeus têm abordagens diferentes: "Enquanto os EUA saíram por conta própria do acordo nuclear [com o Irã] e apostam na pressão máxima, queremos alcançar em conjunto progresso através de negociações." Os países signatários, Alemanha, França e Reino Unido, queriam manter o pacto a fim de evitar uma bomba atômica iraniana.
Por outro lado, Maas urgiu Teerã a voltar imediatamente a se ater aos comprometimentos previstos no pacto internacional. "É preciso parar com a intensificação do enriquecimento de urânio. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve voltar a ter acesso a todas as instalações [nucleares] do Irã, para verificar isso exatamente."
O chefe de diplomacia alemão criticou, ainda, o procedimento do governo iraniano contra manifestantes críticos ao regime: "A forma como as autoridades de segurança do Irã estão tratando os manifestantes é absolutamente inaceitável e decididamente condenada por nós. A liderança em Teerã não pode lidar com os direitos humanos como tem feito nas semanas passadas."
Em maio de 2018, Washington rescindiu unilateralmente o acordo nuclear com o Irã e voltou a impor sanções ao país. A Alemanha, França e Reino Unido ainda tentam salvar o tratado.
AV/afp,dpa
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Se a intenção é melhorar a situação dos iranianos, de nada adianta suspender o diálogo, disse Maas ao periódico alemão Bild am Sonntag neste domingo (19/01). "Então precisamos falar com o Irã e exigir o respeito aos direitos humanos. Seja como for, meras ameaças e exacerbações militares não adiantaram de nada. Queremos evitar um incêndio descontrolado no Oriente Médio. A União Europeia aposta em diplomacia, em vez de escalada."
Segundo o político social-democrata, americanos e europeus têm abordagens diferentes: "Enquanto os EUA saíram por conta própria do acordo nuclear [com o Irã] e apostam na pressão máxima, queremos alcançar em conjunto progresso através de negociações." Os países signatários, Alemanha, França e Reino Unido, queriam manter o pacto a fim de evitar uma bomba atômica iraniana.
Por outro lado, Maas urgiu Teerã a voltar imediatamente a se ater aos comprometimentos previstos no pacto internacional. "É preciso parar com a intensificação do enriquecimento de urânio. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve voltar a ter acesso a todas as instalações [nucleares] do Irã, para verificar isso exatamente."
O chefe de diplomacia alemão criticou, ainda, o procedimento do governo iraniano contra manifestantes críticos ao regime: "A forma como as autoridades de segurança do Irã estão tratando os manifestantes é absolutamente inaceitável e decididamente condenada por nós. A liderança em Teerã não pode lidar com os direitos humanos como tem feito nas semanas passadas."
Em maio de 2018, Washington rescindiu unilateralmente o acordo nuclear com o Irã e voltou a impor sanções ao país. A Alemanha, França e Reino Unido ainda tentam salvar o tratado.
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