Proteção climática é questão de sobrevivência, diz Merkel
No Fórum Econômico Mundial, chanceler federal alemã afirma que questão climática é urgente e todos os países devem fazer sua parte. "Impaciência dos jovens" com os políticos é compreensível, acrescenta.A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (23/01), perante lideranças reunidas no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que a proteção climática é uma questão de sobrevivência e que cada país deve fazer a sua parte.
"O tempo urge", afirmou Merkel. Para ela, não fazer nada pode acabar saindo bem mais caro. O que os países fizeram até agora não basta para limitar o aquecimento global a 1,5 grau em comparação com a era pré-industrial, acrescentou. "Temos de agir."
A chanceler disse entender a "impaciência dos jovens", em referência aos protestos do movimento Fridays for Future (Greve pelo Futuro, em português), liderado por estudantes. "Temos de encarar a insatisfação deles de forma positiva e construtiva", afirmou.
Ela alertou, porém, para possíveis conflitos sociais na luta contra o aquecimento global e disse constatar falta de diálogo entre os ativistas do clima e as pessoas que rejeitam o aquecimento global. "Isso me preocupa", disse.
Segundo Merkel, as transformações necessárias para readaptar as economias são de uma proporção histórica gigantesca. "Elas basicamente significam que, nos próximos 30 anos, temos de deixar de lado os modos de vida e de negócios com os quais nos acostumamos desde a era industrial", acrescentou.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, divergiu de Merkel em entrevista à emissora CNBC em Davos e disse não acreditar que haja apenas alguns poucos anos para prevenir uma catástrofe climática. "Há várias outras questões importantes", afirmou, mencionando a ameaça de armas nucleares. "Acho que a juventude deve entender: clima é uma questão que deve ser colocada em contexto com várias outras coisas."
Ele também ironizou a ativista sueca Greta Thunberg, que defendeu uma redução drástica no uso de combustíveis fósseis. "Ela é a economista-chefe? Eu estou meio confuso... Depois de ela estudar economia na universidade, ela pode voltar e nos explicar isso."
AS/afp/dpa/ap
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"O tempo urge", afirmou Merkel. Para ela, não fazer nada pode acabar saindo bem mais caro. O que os países fizeram até agora não basta para limitar o aquecimento global a 1,5 grau em comparação com a era pré-industrial, acrescentou. "Temos de agir."
A chanceler disse entender a "impaciência dos jovens", em referência aos protestos do movimento Fridays for Future (Greve pelo Futuro, em português), liderado por estudantes. "Temos de encarar a insatisfação deles de forma positiva e construtiva", afirmou.
Ela alertou, porém, para possíveis conflitos sociais na luta contra o aquecimento global e disse constatar falta de diálogo entre os ativistas do clima e as pessoas que rejeitam o aquecimento global. "Isso me preocupa", disse.
Segundo Merkel, as transformações necessárias para readaptar as economias são de uma proporção histórica gigantesca. "Elas basicamente significam que, nos próximos 30 anos, temos de deixar de lado os modos de vida e de negócios com os quais nos acostumamos desde a era industrial", acrescentou.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, divergiu de Merkel em entrevista à emissora CNBC em Davos e disse não acreditar que haja apenas alguns poucos anos para prevenir uma catástrofe climática. "Há várias outras questões importantes", afirmou, mencionando a ameaça de armas nucleares. "Acho que a juventude deve entender: clima é uma questão que deve ser colocada em contexto com várias outras coisas."
Ele também ironizou a ativista sueca Greta Thunberg, que defendeu uma redução drástica no uso de combustíveis fósseis. "Ela é a economista-chefe? Eu estou meio confuso... Depois de ela estudar economia na universidade, ela pode voltar e nos explicar isso."
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