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Brasil supera 1,8 milhão de casos e 70 mil mortos por covid-19

10/07/2020 19h51

Brasil supera 1,8 milhão de casos e 70 mil mortos por covid-19 - País registra mais de 45 mil novas infecções e 1.214 óbitos em 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde. Mundo bate novo recorde de casos em apenas um dia, puxado por EUA, Brasil, Índia e África do Sul.O Brasil ultrapassou nesta sexta-feira (10/07) a marca de 1,8 milhão de casos confirmados de covid-19 e de 70 mil mortes em decorrência da doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 45.048 novas infecções e 1.214 mortes no país, elevando os números totais para 1.800.827 casos e 70.398 óbitos.

As cifras seguem a tendência dos últimos dias de mais de 40 mil casos diários. Na quinta-feira foram 42.619 ocorrências, na quarta-feira, 44.571, e na terça-feira, 45.305. As mortes diárias, por sua vez, se mantêm acima de 1.200: na terça foram 1.254, na quarta, 1.223, e na quinta, 1.220.

Autoridades e instituições de saúde em todo o país alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

Ao todo, 1.078.763 pacientes se recuperaram da doença, e outros 651.666 estão em acompanhamento, segundo o Ministério da Saúde.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 359.110 casos e 17.442 mortes. O número de infectados no território paulista supera até mesmo os registrados em países europeus duramente atingidos pela crise de covid-19, como Reino Unido, Espanha e Itália.

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta sexta-feira que o estado está entrando em uma fase de platô da epidemia, o que indica a situação de pico contínuo, com estabilidade de indicadores. Contudo, segundo ele, isso não significa relaxamento, mas "atenção redobrada".

Doria anunciou a manutenção do período de quarentena no estado até o dia 30 de julho. Também divulgou a nova atualização do plano de retomada econômica gradual, em que apenas quatro regiões do estado terão que continuar mantendo a quarentena: as regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Araçatuba e Franca. O restante do estado está em fases mais brandas de reabertura.

O Ceará é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 133.546, e o terceiro em número de mortos, com 6.777 vítimas. Já o Rio de Janeiro tem 129.443 infecções e 11.280 óbitos, o que o coloca atrás de São Paulo como o segundo estado com mais mortes.

Segundo o Ministério da Saúde e o Conass, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 33,5 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (3,87) e o Uruguai (0,84), considerados exemplos no combate à pandemia.

Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (67,21) e a Bélgica (85,61), ainda aparecem bem à frente. Esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que acumulam mais de 3,16 milhões de casos e mais de 133 mil óbitos. O país bateu um novo recorde de casos diários nesta quinta-feira, ao registrar mais de 65 mil novas infecções em apenas 24 horas, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Nesta sexta-feira, o mundo também registrou um recorde de novos casos, com uma cifra de 228.102 ocorrências em 24 horas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O aumento foi puxado principalmente por casos confirmados nos Estados Unidos, Brasil, Índia e África do Sul. O recorde anterior da OMS era de 212.326 infecções, registrado em 4 de julho.

As mortes permaneceram estáveis em cerca de 5.000 por dia. Ao todo, o planeta já soma mais de 12 milhões de casos e 557 mil mortes pelo novo coronavírus, em 188 países e regiões.

EK/abr/rtr/afp/ots

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