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Novo World Trade Center terá tecnologia militar antiterrorista, diz jornal

Em Nova York

13/02/2012 15h59

A Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey está instalando medidas de segurança com tecnologia de uso militar para proteger o novo World Trade Center (WTC) contra potenciais atentados terroristas, informa nesta segunda-feira (13) o jornal "New York Post".

O novo sistema de vigilância inclui milhares de câmeras "inteligentes" e dispositivos de reconhecimento facial e de retina, que poderão cruzar as informações com bases de dados e listas de suspeitos de terrorismo, segundo fontes citadas pelo jornal.

A obra terá sensores infravermelhos e de calor, capazes de detectar explosivos e radiação.

Além disso, a agência pública proprietária do novo arranha-céu que está sendo construído no local das antigas Torres Gêmeas também deve usar computadores que vigiam movimentos para encontrar atitudes suspeitas e alertar a polícia.

Segundo o jornal, algumas dessas condutas irregulares podem ser: desviar-se dos caminhos frequentes ou seguir contra o fluxo dos transeuntes; pular ou realizar movimentos erráticos; ou depositar um pacote ou uma bolsa em um local não indicado para essa função.

"O que estamos fazendo aqui nunca foi feito antes", explicou ao "New York Post" um funcionário da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.

O sistema de segurança do novo WTC estará conectado à rede de câmeras e sensores já montada pela polícia de Nova York no sul de Manhattan e está sendo desenvolvido pela empresa Behavioral Recognition Systems, que instalou aparelhos similares para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

"Nosso programa está anos-luz à frente das câmeras de segurança tradicionais supervisionadas por vigilantes noturnos", declarou ao jornal nova-iorquino o presidente da empresa, John Frazzini.

Frazzini afirmou que o sistema não armazenará dados pessoais e também não instalará câmeras em lugares privados como banheiros.

O novo WTC, que segundo as autoridades estará operacional em 2013, teve as obras atrasadas durante anos devido às divergências entre a agência pública proprietária do terreno e a imobiliária. O custo final da obra disparou a quase US$ 15 bilhões.