Suu Kyi recebe doutorado honorário em visita a Oxford
Londres, 20 jun (EFE).- A líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi recebeu nesta quarta-feira um doutorado honorário que havia sido concedido em 1993, pela Universidade britânica de Oxford, mas que a mesma nunca pôde receber devido à prisão domiciliar imposta pelas autoridades de seu país.
A visita da ativista a Oxford acabou sendo marcante, já que Suu Kyi estudou Filosofia, Políticas e Economia (PPE, na sigla em inglês) nesta universidade entre 1964 e 1967, além de ter morado até 1988 nessa cidade inglesa.
Em um emotivo ato celebrado nesta manhã pela prestigiada instituição, o professor Richard Jenkyns lembrou que, apesar do retorno de Suu Kyi a Oxford representar "um evento público", não se pode esquecer que a agora parlamentar também volta ao seu antigo lar, "uma cidade cheia de lembranças".
Ao usar o latim para conceder o doutorado honorário em direito civil, Jenkyns afirmou que a presença da ativista, que não pisava em solo britânico desde 1988, nessa universidade "fala de maneira mais eloquente do que qualquer idioma".
"Aqui estudaste e forjaste amizades, aqui conheceste as maravilhas da juventude, aqui, como esposa e mãe, viveste uma tranquila vida doméstica, até que o amor a teu país e a paixão pela causa da liberdade te fizeram voltar", assinalou Jenkins.
O professor também lembrou como Suu Kyi "se viu obrigada a deixar para trás seu marido e filhos, sendo que seu retorno a sua terra natal se transformou em uma espécie de exílio".
"Durante muitos anos sentiu o peso do isolamento, demonstrando paciência e resistência até um grau que não é imaginável facilmente", acrescentou.
Suu Kyi, que completou 67 anos ontem, não pisava em solo britânico desde 1988, quando teve que retornar ao seu país para cuidar de sua mãe e não pôde mais voltar, já que a junta militar manteve a ativista durante muitos anos sob prisão domiciliar.
Em Oxford, Suu Kyi se casou em 1972 com o britânico Michael Aris, que morreu de câncer em 1999. Na ocasião, a ativista foi impedida de acompanhar o velório de seu marido no Reino Unido.
Anteriormente, após tomar conta da doença de seu marido, os militares birmaneses autorizaram a viagem, mas ela preferiu não ir com medo de não conseguir retornar a Mianmar.
Em relação à visita de Suu Kyi, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, qualificou a ativista perante a Câmara dos Comuns como "uma figura absolutamente inspiradora" e alertou que "ainda falta um longo caminho para se percorrer, não só em Mianmar", mas em matéria de direitos humanos.
Durante sua passagem pelo Reino Unido, a ativista deverá se reunir com o príncipe Charles; o primeiro-ministro, David Cameron, e também com o titular das Relações Exteriores, William Hague, antes de pronunciar um histórico discurso perante as duas câmaras do Parlamento britânico.
San Suu Kyi, que terminará sua visita oficial na sexta-feira, deverá permanecer mais uns dias em território britânico de forma privada.
A visita da ativista a Oxford acabou sendo marcante, já que Suu Kyi estudou Filosofia, Políticas e Economia (PPE, na sigla em inglês) nesta universidade entre 1964 e 1967, além de ter morado até 1988 nessa cidade inglesa.
Em um emotivo ato celebrado nesta manhã pela prestigiada instituição, o professor Richard Jenkyns lembrou que, apesar do retorno de Suu Kyi a Oxford representar "um evento público", não se pode esquecer que a agora parlamentar também volta ao seu antigo lar, "uma cidade cheia de lembranças".
Ao usar o latim para conceder o doutorado honorário em direito civil, Jenkyns afirmou que a presença da ativista, que não pisava em solo britânico desde 1988, nessa universidade "fala de maneira mais eloquente do que qualquer idioma".
"Aqui estudaste e forjaste amizades, aqui conheceste as maravilhas da juventude, aqui, como esposa e mãe, viveste uma tranquila vida doméstica, até que o amor a teu país e a paixão pela causa da liberdade te fizeram voltar", assinalou Jenkins.
O professor também lembrou como Suu Kyi "se viu obrigada a deixar para trás seu marido e filhos, sendo que seu retorno a sua terra natal se transformou em uma espécie de exílio".
"Durante muitos anos sentiu o peso do isolamento, demonstrando paciência e resistência até um grau que não é imaginável facilmente", acrescentou.
Suu Kyi, que completou 67 anos ontem, não pisava em solo britânico desde 1988, quando teve que retornar ao seu país para cuidar de sua mãe e não pôde mais voltar, já que a junta militar manteve a ativista durante muitos anos sob prisão domiciliar.
Em Oxford, Suu Kyi se casou em 1972 com o britânico Michael Aris, que morreu de câncer em 1999. Na ocasião, a ativista foi impedida de acompanhar o velório de seu marido no Reino Unido.
Anteriormente, após tomar conta da doença de seu marido, os militares birmaneses autorizaram a viagem, mas ela preferiu não ir com medo de não conseguir retornar a Mianmar.
Em relação à visita de Suu Kyi, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, qualificou a ativista perante a Câmara dos Comuns como "uma figura absolutamente inspiradora" e alertou que "ainda falta um longo caminho para se percorrer, não só em Mianmar", mas em matéria de direitos humanos.
Durante sua passagem pelo Reino Unido, a ativista deverá se reunir com o príncipe Charles; o primeiro-ministro, David Cameron, e também com o titular das Relações Exteriores, William Hague, antes de pronunciar um histórico discurso perante as duas câmaras do Parlamento britânico.
San Suu Kyi, que terminará sua visita oficial na sexta-feira, deverá permanecer mais uns dias em território britânico de forma privada.
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