Neto do ex-presidente Jimmy Carter ajudou a divulgar vídeo de Romney

Washington, 19 set (EFE).- Um neto do ex-presidente democrata Jimmy Carter encontrou na internet e ajudou a divulgar o vídeo que colocou em dificuldades o candidato republicano, Mitt Romney, algo que considera uma amostra de "justiça poética".

Em entrevista nesta quarta-feira ao jornal "USA Today", Jimmy Carter IV explicou que viu por acaso o vídeo no qual Romney menospreza 47% dos eleitores que votarão com certeza em Barack Obama porque são "dependentes" do governo.

O jovem afirmou que diariamente busca no YouTube termos como "Romney" e "republicanos" para analisar seus discursos e que, de maneira casual, topou com um trecho em má qualidade e confuso no qual o político republicano se dirigia a doadores em um jantar privado.

Carter, que trabalha para um centro progressista de pesquisa em Atlanta, se pôs em contato com David Corn, o redator chefe da revista de esquerda "Mother Jones", e ambos entraram em contato com a fonte através do Twitter para conseguir o vídeo completo.

No entanto, todos dizem desconhecer o autor da gravação que tantos problemas está ocasionando a Romney, e Carter assegurou que seus contatos com essa pessoa se limitaram ao Twitter.

O neto do presidente Carter considerou na entrevista que ter se transformado em responsável de divulgar um vídeo que pode custar as eleições ou um grande número de votos para Mitt Romney "é um tipo de justiça poética".

Romney e seus estrategistas de campanha criticaram duramente os anos de presidência de Carter, em uma tentativa de apresentar o candidato presidencial republicano como um novo Ronald Reagan que tirará o país da crise econômica frente às políticas fracassadas de Obama.

O neto de Carter revelou que seu avô, ao conhecer seu papel no vazamento do vídeo, lhe enviou um e-mail para felicitá-lo por seu "extraordinário" trabalho.

No vídeo Romney diz que 47% dos americanos votarão em Obama porque "acreditam que são vítimas, que o governo tem a responsabilidade de cuidar deles, que têm direito a saúde, alimentação, moradia ou como queiram chamar".

"Meu trabalho não é preocupar-me com essas pessoas. Nunca os convencerei que deveriam assumir suas responsabilidades e preocupar-se com suas vidas", acrescenta o republicano ao escancarar sua estratégia para chegar à Casa Branca.

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