Sargento Bergdahl foi torturado durante cativeiro por tentar escapar

Em Santa Monica (EUA)

  • Michael Nelson/Efe/Epa

    A polícia de Beverly Hills inspeciona, neste sábado (8), a área onde aconteceu um tiroteio em um bairro próximo ao campus da Universidade de Santa Monica, na Califórnia (EUA)

    A polícia de Beverly Hills inspeciona, neste sábado (8), a área onde aconteceu um tiroteio em um bairro próximo ao campus da Universidade de Santa Monica, na Califórnia (EUA)

Washington, 8 jun (EFE).- O sargento Bowe Bergdahl, prisioneiro de guerra do talibã durante quase cinco anos, foi submetido a torturas e enclausurado em espaços minúsculos após tentar escapar, revelaram fontes do governo dos Estados Unidos para a imprensa.

Bergdahl contou detalhes do período em que ficou preso no hospital militar americano na Alemanha onde se recupera lentamente de seu longo isolamento. O sargento foi trocado em 31 de maior por cinco dirigentes talibãs presos na base naval americana de Guantánamo, em Cuba.

Segundo o jornal "The New York Times", Bergdahl foi enclausurado em uma caixa de metal em total escuridão durante semanas por ter tentado fugir.

O jornal "Daily Beast" afirmou recentemente que Bergdahl, capturado em 2009, tentou escapar em pelo menos duas ocasiões de seus sequestradores talibãs.

Após a segunda tentativa, os sequestradores, possivelmente membros da rede Haqqani, de origem paquistanesa, aumentaram a vigilância sobre o soldado, que era transportado de tempos em tempos para outros esconderijos, para despistar a inteligência americana.

O sargento, de 28 anos, recupera-se em um hospital na cidade alemã de Landstuhl, onde foi iniciado um procedimento para reintegrá-lo à sociedade após o longo isolamento.

Segundo o "New York Times", os médicos consideram o estado físico de Bergdahl ótimo, com exceção de alguns problemas causados pela falta de higiene. O soldado nem sequer chegou a sofrer desnutrição, o que era uma das preocupações da Casa Branca.

No entanto, seu estado mental não permite ainda que seja levado para um hospital americano no Texas, onde se iniciaria uma nova fase de sua recuperação, na qual encontraria parentes, imprensa e iniciaria os contatos com o mundo exterior.

A libertação de Bergdahl se tornou uma fonte de dor de cabeça para o presidente Barack Obama, acusado pela oposição republicana de excluir o Congresso durante as negociações de libertação.

Além disso, membros do pelotão no qual Bergdahl servia o acusam de ter desertado de seu posto na noite em que desapareceu, e que por isso acabou sendo capturado pelos talibãs.

E alguns militares consideram que o sargento foi responsável indiretamente pela morte de seis soldados que participaram da operação para resgatá-lo.

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