Clarín não descarta recorrer a cortes internacionais contra lei de meios
Buenos Aires, 29 out (EFE).- O Grupo Clarín considerou nesta terça-feira que a Lei de Meios contém artigos que "contradizem" a Constituição argentina e antecipou que não descarta recorrer a tribunais internacionais após a decisão da Suprema Corte de Justiça do país, que declarou a legislação constitucional.
Em comunicado, o maior grupo multimídia argentino "lamenta o conteúdo de uma decisão que não considera o valor da independência jornalística como orçamento para a liberdade de expressão" e "condiciona seriamente a possibilidade real de exercer a crítica ao poder político, suposto indispensável da democracia".
O grupo "continuará defendendo judicialmente cada uma de seus licenças vigentes e legitimamente adquiridas", acrescentou.
O Clarín considera que há vários artigos da lei que "contradizem não só princípios da Constituição argentina, mas da Convenção Americana de Direitos Humanos", e outros acordos internacionais e que afetam à liberdade de expressão.
Segundo o grupo, "a verdadeira intenção do governo com esta lei foi a enorme colonização oficial da imprensa", uma vez que atualmente "80% dos meios audiovisuais respondem direta ou indiretamente ao governo".
Por maioria, a Suprema Corte argentina se pronunciou hoje a favor da constitucionalidade de todos os artigos da lei, incluídos os quatro questionados por Clarín, que regulam as transferências de licenças e os prazos de aplicação da norma.
Os magistrados consideraram que a lei é coerente "com a liberdade de expressão e o direito dos consumidores à informação".
Além disso, indicaram que o grupo Clarín não pôde demonstrar "que o regime de licenças que a lei estabelece ponha em risco sua sustentabilidade econômica", mas opinaram que devem ser protegidos os direitos de propriedade dos licenciados por meio de uma indenização.
Na decisão, de 392 páginas, a Suprema Corte advertiu ao governo que devem existir "políticas transparentes" nos subsídios e na publicidade oficial e destacou que os meios públicos "não devem ser meros instrumentos de apoio a uma política de governo".
O governo, por sua vez, comemorou a sentença, que se tornou pública apenas dois dias depois das eleições legislativas que propiciaram um duro castigo nas urnas para o governista Frente para a Vitória.
Em comunicado, o maior grupo multimídia argentino "lamenta o conteúdo de uma decisão que não considera o valor da independência jornalística como orçamento para a liberdade de expressão" e "condiciona seriamente a possibilidade real de exercer a crítica ao poder político, suposto indispensável da democracia".
O grupo "continuará defendendo judicialmente cada uma de seus licenças vigentes e legitimamente adquiridas", acrescentou.
O Clarín considera que há vários artigos da lei que "contradizem não só princípios da Constituição argentina, mas da Convenção Americana de Direitos Humanos", e outros acordos internacionais e que afetam à liberdade de expressão.
Segundo o grupo, "a verdadeira intenção do governo com esta lei foi a enorme colonização oficial da imprensa", uma vez que atualmente "80% dos meios audiovisuais respondem direta ou indiretamente ao governo".
Por maioria, a Suprema Corte argentina se pronunciou hoje a favor da constitucionalidade de todos os artigos da lei, incluídos os quatro questionados por Clarín, que regulam as transferências de licenças e os prazos de aplicação da norma.
Os magistrados consideraram que a lei é coerente "com a liberdade de expressão e o direito dos consumidores à informação".
Além disso, indicaram que o grupo Clarín não pôde demonstrar "que o regime de licenças que a lei estabelece ponha em risco sua sustentabilidade econômica", mas opinaram que devem ser protegidos os direitos de propriedade dos licenciados por meio de uma indenização.
Na decisão, de 392 páginas, a Suprema Corte advertiu ao governo que devem existir "políticas transparentes" nos subsídios e na publicidade oficial e destacou que os meios públicos "não devem ser meros instrumentos de apoio a uma política de governo".
O governo, por sua vez, comemorou a sentença, que se tornou pública apenas dois dias depois das eleições legislativas que propiciaram um duro castigo nas urnas para o governista Frente para a Vitória.
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