Topo

Quatro anos após tremor, 820 mil haitianos precisam de assistência, diz ONU

Em Porto Príncipe (Haiti)

09/01/2014 15h23

Quatro anos depois do terremoto que afetou o Haiti, o país mais pobre da América enfrenta "desafios significativos" para seguir em direção à reconstrução, ressaltou nesta quinta-feira (9), a organização humanitária Oxfam. Segundo dados das Nações Unidas (ONU), citados pela Oxfam, 817 mil pessoas ainda precisam de assistência humanitária devido à insegurança alimentar ou desnutrição, más condições de vida e alto risco de serem desalojadas.

Em 12 de janeiro de 2010, Porto Príncipe, a capital haitiana, foi castigada pelo terremoto mais devastador dos últimos 200 anos no país, deixando, segundo distintas fontes, mais de 300 mil mortos, igual quantidade de feridos e outros 1,5 milhão de afetados.

O terremoto provocou uma grande crise humanitária e de desenvolvimento, incluindo uma epidemia de cólera que começou em outubro de 2010 e que ainda continua.

Quatro anos depois "ainda há desafios significativos para que o Haiti siga no caminho da reconstrução", disse a ONG.

Além disso, a epidemia de cólera persiste com uma grave crise de saúde pública. O Haiti é responsável por metade dos casos suspeitos de cólera registrados em todo o mundo.

Por isso, a Oxfam fez uma “chamada ao público em geral e à ajuda internacional para enfrentar os desafios humanitários e de desenvolvimento persistentes”.

No entanto, a organização disse que "graças à determinação dos haitianos e seu Governo, à generosidade do público e os Governos ao redor do mundo, o país registrou um progresso notável".

Por exemplo, a ONG citou que 89% da população deslocada após o terremoto já deixou os campos de desabrigados. A incidência de cólera caiu 50% e a capacidade das autoridades haitianas para coordenar ajuda humanitária em emergências também melhorou. De acordo com dados da Organização Internacional para Migração (OIM), ainda há 142 mil haitianos desabrigados por conta do terremoto. 

Os haitianos "estão trabalhando por um novo futuro através da reconstrução de suas estruturas de governança, envolvendo organizações da sociedade civil, instituições governamentais e o setor privado nos planos de reconstrução e programas de manejo de riscos", indicou o relatório produzido pela Oxfam.