Obama: "nosso compromisso com Seul será reforçado diante de uma agressão"
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado (26) que o compromisso de Washington com a segurança da Coreia do Sul "será reforçado" no caso de uma agressão de seu vizinho do norte, e acrescentou que as "ameaças" de Pyongyang "não levam a nada".
Obama fez essas declarações em um discurso no quartel principal das forças americanas instaladas na Coreia do Sul, o último ato oficial de sua visita de dois dias ao país durante seu giro pela Ásia, com o objetivo de demonstrar a união dos aliados diante das ameaças da Coreia do Norte.
"O compromisso dos Estados Unidos com a segurança da Coreia do Sul será reforçado no caso de uma agressão", afirmou Obama em seu discurso para 1,5 mil efetivos, no qual também acrescentou que as "ameaças" e as "provocações" da Coreia do Norte "não levam a nada".
Os EUA "têm um papel importante nos acontecimentos na península coreana", disse Obama, quem lembrou as ações americanas durante a Guerra da Coreia e classificou Seul como "um verdadeiro aliado para conseguir a estabilidade na Ásia".
Afirmou que a Coreia do Sul é "uma democracia crescente que escolheu o caminho da prosperidade", enquanto seu vizinho do norte "preferiu o caminho do confronto e da provocação" e por isso causou "privações e crises de fome" em sua população.
"Qualquer país pode exibir seus mísseis e suas armas. Mas isso não o torna mais forte", ressaltou o presidente americano em seu discurso.
Durante sua visita ao comando militar conjunto em Seul, Obama esteve acompanhado pela presidente sul-coreana, Park Geun-hye.
Essa foi a primeira vez que os presidentes dos dois países fizeram uma visita conjunta ao centro de Comando Combinado das Forças (CFC, sigla em inglês), o quartel principal das forças americanas no país asiático desde o seu estabelecimento em 1978 na capital sul-coreana.
O arsenal norte-coreano
A quantidade exata de armas nucleares na Coreia do Norte é uma incógnita, uma vez que o país não é signatário de tratados para controle de tecnologias para destruição em massa.
No entanto, estima-se que o arsenal do país inclui alguns foguetes que poderiam atingir não só Seul, mas capitais como Tóquio e até mesmo bases norte-americanas no Pacífico.
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Os responsáveis militares expuseram a Obama e a Park Geun-hye as medidas de preparação diante dos últimos movimentos da Coreia do Norte que, segundo Seul, indicam que Pyongyang prepara um novo teste nuclear.
Nesse sentido, a presidente sul-coreana e Obama anunciaram ontem que revisarão os planos de devolver a Seul, em 2015, o comando conjunto das tropas sul-coreanas (OPCON, sigla em inglês) em caso de guerra, após uma análise dos últimos eventos.
O OPCON, atualmente controlado por Washington, seria o encarregado de conduzir as operações militares conjuntas em um eventual conflito bélico.
O general das forças americanas na Coreia do Sul, Curtis Scaparrotti, é atualmente o principal responsável do OPCON e do CFC e está no comando dos 28,5 mil militares americanos no país asiático.
A visita de Obama ao CFC encerrou sua agenda de hoje em Seul, que também incluiu um café da manhã de trabalho com empresários americanos e sul-coreanos, e pôs um ponto final em sua visita de dois dias à Coreia do Sul.
O presidente dos EUA deixou o país às 12h15 locais (0h15 de Brasília) rumo a Kuala Lumpur, na Malásia, a penúltima escala de sua viagem asiática que será encerrada em Manila, nas Filipinas, na próxima semana.
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