Líder iraniano chama Israel de "cachorro raivoso" por "genocídio" em Gaza
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, condenou com firmeza nesta terça-feira (29) os ataques de Israel na faixa de Gaza, o que classificou como um "genocídio" em um discurso por ocasião do fim das celebrações muçulmanas do Ramadã, além de ter chamado o Estado judeu de "cachorro raivoso".
"Hoje, o assunto principal para o mundo do islã e talvez para toda a humanidade é a faixa de Gaza. Um cachorro raivoso e um lobo predador atacam seres humanos inocentes. A humanidade deveria reagir a isso como corresponde", disse em seu tradicional discurso em Teerã por ocasião da festividade de Eid al-Fitr, que encerra o mês do Ramadã.
O líder supremo iraniano pediu colaboração ao mundo para que ajudem a nação palestina a "se mobilizar", informou a agência de notícias iraniana Irna.
"O presidente dos Estados Unidos [Barack Obama] ordenou o desarmamento da resistência para impedir que responda após tantos crimes. Ao contrário de sua reivindicação de que o Hamas e a Jihad [Islâmica] devem se desarmar, o mundo, especialmente o islâmico, tem o dever de mobilizar a nação palestina da maneira que for possível", afirmou.
O principal líder espiritual e político da República Islâmica do Irã classificou de "genocídio" e de "enorme catástrofe histórica" o resultado dos 21 dias de ofensiva militar israelense em Gaza e o lançamento de foguetes pelas milícias palestinas.
"Os culpados e seus apoiadores devem ser condenados e punidos no mundo todo. Os que se preocupam devem reivindicar seu castigo", afirmou.
Mais de 1,1 mil palestinos (a maioria civis), 55 israelenses (a maioria soldados) e um tailandês morreram nos choques armados ente o Exército israelense e as milícias palestinas, nos lançamentos de foguetes de Gaza contra Israel e nos bombardeios das Forças Armadas israelenses sobre o território palestino.
Khamenei também agradeceu os presentes pelo "comparecimento massivo" nas manifestações em todo o país na última sexta-feira, quando o Irã lembrou o 'Dia de Jerusalém' (Al Quds, em árabe).
"O dia de Al Quds foi um grande dia. Em um clima caloroso, nosso povo em jejum, homens e mulheres e, especialmente mulheres respeitando o código de vestimenta islâmico, o chador, com seus bebês no colo, tomaram parte nas manifestações", disse.
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