Vaticano solta ativista do Femen, mas proíbe sua entrada no Estado
A força de segurança do Vaticano pôs em liberdade neste sábado (27) a ativista do grupo feminista Femen que no dia de Natal invadiu a praça de São Pedro com os seios à mostra quando o papa Francisco dava sua bênção e tentou roubar a estátua do menino Jesus do presépio montado ali.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, a manifestante já está em liberdade, mas teve o acesso ao "Estado da Cidade do Vaticano" proibido.
Iana Zhdanova, ucraniana, entrou na praça de São Pedro, com a frase "Godis woman" ("Deus é mulher", em inglês) escrita no tronco, enquanto o papa lia sua mensagem de Natal na sacada central da basílica.
Enquanto gritava slogans contra a Igreja Católica, ela conseguiu subir até o presépio montado na praça e pegar o Menino Jesus, mas foi detida por um policial quando escapava.
Não é a primeira vez que uma simpatizante de Femen protesta no Vaticano.
Em 14 de novembro três manifestantes do movimento foram até a praça vaticana, também com os seios de fora, mas para protestar contra a visita do papa Francisco ao parlamento Europeu em Estrasburgo.
O movimento feminista Femen nasceu na Ucrânia e, sempre com os seios expostos, suas ativistas se opuseram ao antigo regime pró-russo do país, assim como à Igreja ortodoxa. Depois, espalhou-se pela Europa, onde critica a Igreja católica, acusando-a de ser retrógrada em relação aos direitos das mulheres.
Um empresário italiano também está detido no Vaticano, após ter escalado no domingo passado, pela quinta vez, a fachada da basílica de São Pedro em protesto contra uma medida europeia.
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