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Dois homens são detidos por envolvimento com autor de atentados em Copenhague

Flores são colocadas em frente ao centro cultural Krudttonden em Copenhague, na Dinamarca, nesta segunda-feira (16) - Soren Bidstrup/AFP
Flores são colocadas em frente ao centro cultural Krudttonden em Copenhague, na Dinamarca, nesta segunda-feira (16) Imagem: Soren Bidstrup/AFP

16/02/2015 09h16

Copenhague, 16 fev (EFE).- Dois homens foram detidos por supostamente terem colaborado com o suspeito de ter cometido os atentados do último fim de semana em Copenhague, nos quais duas pessoas morreram e cinco agentes ficaram feridos.

A polícia de Copenhague informou que as detenções aconteceram no domingo às 8h14 e 14h50 locais (5h14 e 11h50 de Brasília), mas não especificou o local, nem as circunstâncias das prisões.

"Os dois homens são suspeitos de terem ajudado com palavras e ações o autor dos atentados armados em Krudttønden e Krystalgade (o centro cultural e a rua em que há uma sinagoga, respectivamente)", informou a polícia em um breve comunicado.

Eles são acusados de terem fornecido as armas usadas nos tiroteios e dar cobertura após os atentados, disse seu advogado a imprensa dinamarquesa.

A polícia informou ainda que procura mais testemunhas para determinar os movimentos do suspeito antes, durante e depois dos dois atentados, que aconteceram em um intervalo de oito horas entre o sábado à tarde e a madrugada do domingo.

Vários pontos da capital dinamarquesa foram revistados nas últimas 24 horas, como um cibercafé a poucas centenas de metros de onde o atirador foi abatido e onde houve várias detenções, publico a imprensa, apesar de a polícia não ter dado detalhes.

As autoridades confirmaram que trata-se de um jovem de 22 anos nascido na Dinamarca e conhecido por atividades relacionadas a violações das leis de armas e atos violentos. A imprensa o identificou como Omar Abdel Hamid El Hussein.

Hussein tinha saído da prisão há duas semanas após cumprir parte de uma condenação por um ataque com faca em um trem em 2013.

Os tribunais o deixaram livre porque embora a pena fosse de dois anos, ele estava há mais de um na prisão e o julgamento de apelação estava fixado para agosto deste ano.

A polícia não confirmou o nome do jovem nem seu histórico, só que estava sob o radar dos serviços de inteligência, o que, unido à escolha dos cenários dos atentados fez com que se acreditem na hipótese de inspiração jihadista.

O jovem disparou contra um centro cultural onde acontecia um debate sobre blasfêmia que teria a participação do artista sueco Lars Vilks, ameaçado por grupos islamitas, e matou a um cineasta dinamarquês de 55 anos e feriu a três agentes.

Daí fugiu em carro e depois continuou de táxi até o complexo de Mjølnerparken, no bairro multicultural de Nørrebro e onde há uma alta concentração de população imigrante.

Ele reapareceu oito horas mais tarde na sinagoga, no centro da cidade, onde matou um jovem judeu dinamarquês e feriu dois agentes.

Ele foi abatido pela polícia ao lado da estação de Nørrebro quatro horas depois após responder com tiros às chamadas ao alto. EFE