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Diplomata espanhol se entrega e confessa assassinato da mulher em Vitória

Em São Paulo

12/05/2015 21h48

O conselheiro de Interior da embaixada da Espanha no Brasil e delegado do Corpo Nacional de Polícia, Jesús Figón, se entregou às autoridades brasileiras nesta terça-feira (12) e confessou o assassinato de sua mulher, segundo informou a Polícia Civil do Espírito Santo.

Um porta-voz da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Vitória disse à Agência Efe que Figón, 64, "foi libertado no final da tarde após confessar a morte de sua esposa brasileira", chamada Rosemary Justino Lopes, 50, por possuir "imunidade diplomática".

No entanto, segundo a fonte, o espanhol ficou "à disposição das autoridades brasileiras", que aguardarão para verificar se a Espanha assumirá o caso, como pode fazer pelos convênios internacionais, ou renunciará a esse direito e deixará as investigações aos cuidados da Justiça do Brasil.

Figón e Lopes estavam juntos há 30 anos, quando se conheceram na Espanha, e tinham uma filha. O casal vivia em Brasília, onde Figón faz parte da legação diplomática espanhola, mas viajava constantemente a Vitoria, onde tinha um apartamento, no qual foi cometido o assassinato.

Segundo informações policiais, Figón, que alegou que cometeu o crime em legítima defesa durante uma discussão conjugal, se apresentou voluntariamente à delegacia para assumir a responsabilidade pela morte de sua mulher, que morreu em decorrência de múltiplos ferimentos causados por arma branca.

O chefe policial seria substituído de seu cargo na embaixada e o edital de convocação para sua vaga já havia sido convocado na semana passada, da mesma forma que a de outros responsáveis de segurança de delegações em outros países. Antes de ser alocado no Brasil, Figón tinha sido delegado-chefe na cidade espanhola de Alcalá de Henares, próxima à capital Madri.