Mortos por onda de calor no Paquistão já passam de mil
Pelo menos 1.130 pessoas morreram nos últimos seis dias pela onda de calor - com temperaturas de até 45ºC - que afetou a província de Sindh, no sul do Paquistão, onde o governo declarou estado de emergência e o Exército foi mobilizado.
O secretário de Saúde do governo regional de Sindh, Said Mangnejo, disse à Agência Efe nesta quinta-feira que em Karachi, a cidade mais populosa e centro financeiro do país, 1.100 pessoas morreram desde a sexta-feira e mais 30 em outras áreas da província.
Segundo o jornal "Dawn", 40 mil pessoas foram tratadas nos hospitais de Karachi por causa do calor e centenas delas continuam hospitalizadas.
A maioria das mortes são de pessoas com mais de 60 anos e de trabalhadores que desempenhavam sua tarefas ao ar livre.
O Exército paquistanês estabeleceu 29 centros em Karachi, uma cidade de aproximadamente 20 milhões de habitantes, e em outras áreas de Sindh, para atender às pessoas afetadas pelo calor, enquanto a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres disponibilizou tanques de água na cidade.
Após a máxima de 45 graus no fim de semana, os termômetros baixaram hoje para 36 graus, mas o clima permanece úmido, disse à Efe um membro do Departamento Meteorológico do Paquistão, Mohammed Farouk.
Esta onda de calor no Paquistão coincidiu com o começo do Ramadã na sexta-feira passada, o mês mais sagrado para os muçulmanos e que determina o jejum entre o amanhecer e o por do sol nesse período.
O Comitê Central do Ruet-e-Hilal de Karachi, o órgão religioso que determina as datas do Ramadã, emitiu ontem uma fatwa - um pronunciamento legal no Islã emitido por um especialista em lei religiosa - que permite a quebra do jejum devido às altas temperaturas.
As ondas de calor são frequentes no subcontinente indiano nos meses de maio e junho, que precedem a chegada das chuvas das monções.
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