Papa pede à América Latina que evite leis que fomentem repressão e controle
O papa Francisco pediu nesta terça-feira (7) ao Equador e aos demais povos latino-americanos para que deixem de lado em suas leis qualquer tipo de repressão, controle ou diminuição de liberdades individuais.
A mensagem foi enviada pelo pontífice durante um encontro com a sociedade civil equatoriana na igreja de San Francisco de Quito, um dos atos da viagem papal pela América do Sul que o levará também à Bolívia e ao Paraguai.
Francisco destacou como o Equador e outros países do continente estão enfrentando novos desafios que requerem a participação de todos os atores sociais. E citou alguns deles, como a concentração urbana, o consumismo, a crise da família, o desemprego e as tensões que constituem uma ameaça à convivência social.
"As normas e as leis, assim como os projetos da comunidade civil, tem de procurar a inclusão, abrir espaços de diálogo, de encontro e deixar para trás qualquer tipo de repressão, o controle desmedido e a diminuição de liberdades".
Para Francisco, a esperança de um futuro melhor para os países sul-americanos começa pela criação de emprego e pelo crescimento econômico que chegue a todos. Usou como exemplo a crise na Europa, onde o desemprego entre os jovens chega a 50% em algumas regiões.
O papa citou o fenômeno dos "nem-nem", jovens que não estudam e nem trabalho, destacando que, perante a falta de oportunidades, eles caem na dependência de drogas, na tristeza, na depressão ou até mesmo acabam se suicidando.
Em seu discurso na Igreja de San Francisco, o templo católico mais antigo da América Latina, o pontífice também pediu que o Equador e os demais países da região defendam a Amazônia, assim como mantenham um diálogo com "cada uma das forças sociais, os grupos indígenas, as mulheres, os agrupamentos cidadãos e todos que trabalham pela comunidade nos serviços públicos".
O papa voltou a oferecer, como seu discurso na chegada ao Equador, a parceria da Igreja "na busca do bem comum, desde suas atividades sociais, educativas, promovendo valores éticos e espirituais".
E também lembrou que a exploração dos recursos naturais não deve buscar o "lucro imediato".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.