Centenas de refugiados passam a noite em trem na Hungria
Cerca de 500 refugiados, que se negam a ir ao acampamento de acolhida da cidade húngara de Bicske, 40 quilômetros ao oeste de Budapeste, passaram a noite em um trem na estação dessa cidade, informou nesta sexta-feira (4) o portal "hvg".
O trem que saiu ontem da estação Keleti de Budapeste com destino à cidade de Sopron, perto da fronteira com a Áustria, foi retido pelos policiais que queriam levar os refugiados ao acampamento, mas a maioria decidiu não afastar-se do comboio, alegando que querem chegar ao país vizinho.
A polícia informou que os refugiados oferecem "resistência passiva" ao negar-se a descer do trem.
Um homem se atirou ontem nas vias junto a sua mulher, que gritava pedindo ajuda, e seu bebê, e, após um pequeno confronto com um grupo de agentes, foi algemado e separado de sua família.
Em reação, outros refugiados que tinham abandonado o comboio enfrentaram os agentes e conseguiram voltar a subir no trem, do qual se negam agora a descer pelo temor de que coletem suas impressões digitais, o que pode dificultar que lhes concedam asilo em estados do norte da Europa.
Ontem, após vários dias em que lhes negaram acesso, a polícia deixou entrar na estação Keleti de Budapeste várias centenas de refugiados que acampam ali há semanas para poder seguir rumo ao oeste da Europa.
A companhia ferroviária húngara MAV, por sua parte, informou que não partirão trens da capital em direção a destinos da Europa Ocidental, só às fronteiras, onde os passageiros devem atravessá-la a pé e dali subir a outros para chegar a seus destinos.
Por outra parte, a polícia obrigou os refugiados a descer de outros trens que também iam a alguma das cidades húngaras próximas à fronteira com a Áustria.
Nesta manhã um trem rumo a Sopron partiu da estação sem refugiados, supostamente porque estes esperam a retomada do transporte direto a países como Áustria e Alemanha, informou o portal "index".
Por fim, a polícia informou hoje que as autoridades interceptaram ontem 3.313 refugiados que entraram no país de forma ilegal pela fronteira com a Sérvia.
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