Justiça do Panamá autoriza "detenção provisória" de ex-presidente
O Plenário da Corte Suprema de Justiça (CSJ) do Panamá autorizou nesta segunda-feira a "detenção provisória" do ex-presidente Ricardo Martinelli, que está fora do país desde janeiro passado, devido a um caso de escutas ilegais durante seu governo (2009-2014).
A CSJ decidiu ordenar a "detenção provisória com fundamento na declaração de rebeldia ditada em 11 de dezembro" passado pelo juiz Jerónimo Mejía, porque Martinelli não foi a uma audiência à qual tinha sido citado pelo caso de escutas ilegais, no qual mais de 150 pessoas foram espionadas.
Martinelli deixou o Panamá em 28 de janeiro, no mesmo dia em que a Corte aceitou o primeiro processo penal contra ele, e atualmente, segundo seus advogados, se encontra em Miami (Estados Unidos), embora ele nunca tenha confirmado seu paradeiro.
Desde então, se dedica a denunciar nas redes sociais que é vítima de uma caçada política por parte do atual presidente, Juan Carlos Varela, que foi seu aliado político, chanceler e vice-presidente, e a quem acusa de "imitar" o venezuelano Nicolás Maduro e de ter uma "atitude ditatorial e perseguidora".