Áustria limitará os pedidos de asilo a até 40 mil pessoas por ano
A Áustria vai limitar as solicitações de asilo a um máximo de 30 mil ou 40 mil anuais nos próximos anos, o que contrasta com os cerca de 90 mil pedidos registrados em 2015, informou nesta quarta-feira (20) a imprensa austríaca.
Segundo vários jornais, que citam fontes do governo, a decisão de estabelecer um número máximo de solicitantes de asilo será acordada hoje em reunião em Viena do Executivo com representantes regionais e locais.
O objetivo é que os solicitantes de asilo nos próximos três ou quatro anos sejam um máximo de 120 mil pessoas, o que representa ao redor de 1,5% da população da Áustria, que tem 8,5 milhões de habitantes.
As 90 mil solicitações de asilo de 2015 representam mais do que 1% da população do país, e diferentes representantes do governo afirmaram que a Áustria não podia fazer frente sozinha à situação.
Vice-chanceler federal, o conservador Reinhold Mitterlehner assegurou que seu partido advoga por 30 mil solicitantes de asilo durante quatro anos, enquanto seus parceiros social-democratas de governo defendem o número de 40 mil durante três anos, segundo o jornal "Kurier". Mitterlehner afirma que esta restrição deve ser ainda "aclarada legalmente" para não violar o direito a solicitar asilo, indica o jornal.
Esta medida ocorre no momento em que, a partir de hoje, as forças de segurança vão endurecer os controles sobre refugiados e imigrantes que querem entrar pelo sul, na fronteira com a Eslovênia. A intenção é realizar um controle individual de identidade e pertences de cada pessoa que pretenda entrar no país.
Aqueles considerados imigrantes econômicos ou que não tenham documentação serão devolvidos à Eslovênia, enquanto aos solicitantes de asilo só será permitido apresentar sua demanda de proteção na Áustria ou na Alemanha, não em outros países mais distantes, como as nações escandinavas.
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