Topo

Após tempestade, neve vira atração turística em Nova York

Homem fantasiado como Estátua da Liberdade durante nevasca na Times Square - Carlo Allegri/Reuters
Homem fantasiado como Estátua da Liberdade durante nevasca na Times Square Imagem: Carlo Allegri/Reuters

24/01/2016 16h45

As imagens de nova-iorquinhos brincando na neve em um dia ensolarado neste domingo (24), substituíram as de pessoas se protegendo na véspera da segunda nevasca mais intensa que já foi registrada na cidade americana.

Os carros começaram a circular nas primeiras horas do dia, depois de proibição de tráfego que esteve vigente desde a tarde deste sábado. Apesar do frio, muitos moradores e turistas foram para as ruas e parques, conferir o visual esbranquiçado.

Com temperatura de -3ºC e uma sensação térmica de -4ºC no centro de Manhattan, os nova-iorquinos saíram, inclusive, para fazer compras que não puderam fazer no sábado. Nos parques da cidade, muitas crianças se divertiam com brincadeiras na neve.

De acordo com a estação de monitoramento do Central Park, caíram 68,07 centímetros de neve ontem, quantidade só superada pelos 68,33 centímetros registradas em tempestade ocorrida em fevereiro de 2006. A medição começou há 150 anos na região.

As máquinas para retirada de toda a neve estão trabalhando desde cedo por toda a cidade, assim como muitos moradores, que tentam limpar ruas, quintais e liberar os carros, tudo para que a segunda-feira seja a mais normal possível.

O próprio prefeito de Nova York, Bill de Blasio, admitiu que a tempestade acontecer no sábado foi o melhor para a cidade. Apesar disso, o governante pediu para que toda a população siga em estágio de atenção.

De acordo com o governador de Nova York, Andrew Cuomo, 19 pessoas morreram na Costa Leste dos Estados Unidos por causa do fenômeno que atingiu a região nos últimos dias, sendo cinco no estado que comanda.

Segundo Cuomo, no entanto, nenhuma morte em Nova York aconteceu por acimente, mas sim em decorrência de ataques cardíacos, ocorridos durante esforço para retirar neve.

As autoridades solicitaram que a população evite o uso dos veículos particulares, pois o tráfego limita os trabalhos das máquinas de remover neve, além de outros riscos gerados pelo gelo nas vias.

"Deixe seu carro onde ele estiver. Ainda existe risco e, se não é nada urgente, não utilize o veículo", afirmou Bill de Blasio.

A nevasca deste sábado na cidade foi maior do que havia sido previsto pelas autoridades, levando em conta as análises meteorológicas. Inicialmente, a expectativa era da metade da neve que realmente caiu.

A tempestade foi tratada como a primeira de mais intensidade na temporada, mas segundo Cuomo, a proibição da circulação de veículos privados aconteceu para que fosse possível acelerar os trabalhos retirada da neve das vias públicas.

A previsão é de que, já nesta segunda-feira, sejam retomadas as aulas nas escolas de Nova York, diferente do que acontecerá em outras cidades atingidas, como Washington, Baltimore e Jersey City, em que as atividades escolares foram suspensas.

No aeroporto JFK, o maior da região, foram registrados 76 centímetros de neve, o que obrigou a suspensão de 871 voos ontem. Hoje, estava previsto o cancelamento de mais 604 viagens, de acordo com dados divulgados na manhã deste domingo (hora local).

"Sobrevivemos", definiu o governador Cuomo, ao definir a situação vivida das últimas horas pela população do estado de Nova York.