China confia que G4 conseguirá incorporar talibãs em processo de paz afegão
Pequim, 26 dez (EFE).- O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta terça-feira em Pequim, em entrevista coletiva junto com o ministro de Relações Exteriores afegão, Salahudin Rabani, sua confiança de que o G4, grupo formado por Afeganistão, Paquistão, China e EUA para a mediação do conflito no país, triunfará em seu objetivo de trazer os talibãs à mesa de negociação para retomar o processo de paz no Afeganistão.
"Se o fazemos é porque acreditamos que os talibãs podem responder de forma positiva", disse Wang, que ressaltou que a China espera que o G4, que se reuniu pela última vez dia 18 em Cabul, "continue trabalhando e dê resultados que sejam aceitáveis para todas as partes", apesar de os talibãs pedirem a retirada das sanções da ONU para viabilizar um diálogo que acabe com mais de 14 anos de guerra.
O ministro chinês defendeu o papel da China como "um dos mediadores para a paz no Afeganistão", impulsionado sobretudo desde 2014, quando estava programada a retirada das tropas dos EUA, e afirmou que será sempre "um companheiro de confiança".
Ele disse ter alcançado "uma série de consensos" com Rabani, que visita a capital chinesa desde domingo, para aprofundar as relações estratégicas e o processo de paz, e enumerou cinco: a organização de mais encontros bilaterais; apoiar a reconstrução do Afeganistão mediante projetos imobiliários e de infraestrutura; integrar o país na Nova Rota da Seda; promover a segurança como requisito prévio; e fortalecer a cooperação em mecanismos internacionais e regionais.
Wang lembrou que a China "dá as boas-vindas ao interesse do Afeganistão de ser um membro de pleno direito da Organização para a Cooperação de Xangai (SCO)", da qual é membro observador desde 2012.
A respeito, Rabani transmitiu seu "agradecimento pela positiva resposta da China", e ressaltou o interesse de seu país de "se transformar em um ponto de passagem da Rota da Seda".
"Estamos desejando ver um Afeganistão que volta à rota da Seda e abra um novo capítulo de desenvolvimento", disse o ministro afegão.
O Afeganistão é o único país da região sem conexão por trem com o resto da antiga Rota da Seda, que ligou durante milênios boa parte da Ásia com o Mediterrâneo e que a China pretende reavivar.
Rabani também ressaltou o apoio de Cabul à política de "uma só China", em referência à situação na região noroeste chinesa de Xinjiang, que faz fronteira com o Afeganistão, e onde a China denuncia a presença de grupos separatistas como o Movimento do Turquestão Oriental (ETIM).
O ministro afegão afirmou ter "muita esperança" no processo iniciado pelo G4, que qualificou de "diferente dos que aconteceram no passado". Por isso enfatizou o convite. "Chamamos todos os grupos talibãs a se unirem à mesa de negociações".
"Se o fazemos é porque acreditamos que os talibãs podem responder de forma positiva", disse Wang, que ressaltou que a China espera que o G4, que se reuniu pela última vez dia 18 em Cabul, "continue trabalhando e dê resultados que sejam aceitáveis para todas as partes", apesar de os talibãs pedirem a retirada das sanções da ONU para viabilizar um diálogo que acabe com mais de 14 anos de guerra.
O ministro chinês defendeu o papel da China como "um dos mediadores para a paz no Afeganistão", impulsionado sobretudo desde 2014, quando estava programada a retirada das tropas dos EUA, e afirmou que será sempre "um companheiro de confiança".
Ele disse ter alcançado "uma série de consensos" com Rabani, que visita a capital chinesa desde domingo, para aprofundar as relações estratégicas e o processo de paz, e enumerou cinco: a organização de mais encontros bilaterais; apoiar a reconstrução do Afeganistão mediante projetos imobiliários e de infraestrutura; integrar o país na Nova Rota da Seda; promover a segurança como requisito prévio; e fortalecer a cooperação em mecanismos internacionais e regionais.
Wang lembrou que a China "dá as boas-vindas ao interesse do Afeganistão de ser um membro de pleno direito da Organização para a Cooperação de Xangai (SCO)", da qual é membro observador desde 2012.
A respeito, Rabani transmitiu seu "agradecimento pela positiva resposta da China", e ressaltou o interesse de seu país de "se transformar em um ponto de passagem da Rota da Seda".
"Estamos desejando ver um Afeganistão que volta à rota da Seda e abra um novo capítulo de desenvolvimento", disse o ministro afegão.
O Afeganistão é o único país da região sem conexão por trem com o resto da antiga Rota da Seda, que ligou durante milênios boa parte da Ásia com o Mediterrâneo e que a China pretende reavivar.
Rabani também ressaltou o apoio de Cabul à política de "uma só China", em referência à situação na região noroeste chinesa de Xinjiang, que faz fronteira com o Afeganistão, e onde a China denuncia a presença de grupos separatistas como o Movimento do Turquestão Oriental (ETIM).
O ministro afegão afirmou ter "muita esperança" no processo iniciado pelo G4, que qualificou de "diferente dos que aconteceram no passado". Por isso enfatizou o convite. "Chamamos todos os grupos talibãs a se unirem à mesa de negociações".
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