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EUA anunciam novas medidas para facilitar exportações e viagens a Cuba

26/01/2016 14h02

Washington, 26 jan (EFE).- O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira novos relaxamentos às restrições que seguem afetando exportações e viagens para Cuba, no marco da aproximação bilateral iniciada há pouco mais de um ano.

Em comunicado conjunto, os departamentos de Tesouro e de Comércio anunciaram novas emendas ao regime de sanções associado ao embargo econômico imposto à ilha que, entre outras coisas, "eliminarão restrições" a certas condições de pagamento e financiamento das exportações autorizadas a Cuba.

Além disso, outras das remodelações anunciadas hoje "facilitarão ainda mais" as viagens a Cuba dentro das categorias autorizadas.

O secretário do Tesouro, Jack Lew, ressaltou no comunicado conjunto que estas ações, da mesma forma que as que foram sendo tomadas durante o último ano, "enviam uma clara mensagem ao mundo: que os Estados Unidos se comprometeram a potencializar e permitir avanços econômicos para o povo cubano".

"Continuaremos tomando as medidas necessárias para ajudar o povo cubano a alcançar a liberdade política e econômica que merece", destacou Lew.

Em dezembro do ano passado, em coincidência com o primeiro aniversário do início da aproximação bilateral, os dois países anunciaram um acordo para restabelecer os voos regulares diretos.

No entanto, ainda passarão vários meses até que as companhias aéreas americanas possam começar a vender passagens a Cuba e também não será imediato o restabelecimento do serviço postal direto, estipulado também em dezembro e que começará através de um plano piloto de transporte de correio e miudezas.

Entre os temas mais complicados ainda por resolver para a normalização completa está o das compensações econômicas mútuas pelos bens naturalizados a americanos após o triunfo da revolução e pelos danos derivados do embargo econômico que reivindica a ilha.

Em relação ao embargo, embora o presidente Barack Obama tenha tomado medidas executivas para flexibilizar as viagens e algumas transações comerciais, sua suspensão completa depende do Congresso dos EUA, controlado hoje em sua totalidade pelos republicanos, que se opõem majoritariamente a sua eliminação.

Durante seu último discurso sobre o Estado da União, pronunciado no dia 12 de janeiro, Obama instou de novo o Congresso a reconhecer que "a Guerra Fria terminou" com a suspensão do embargo a Cuba.

O governo dos Estados Unidos espera agora mais ações da parte do regime cubano para programar uma possível visita de Obama à ilha este ano.