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Supremo da Espanha condena capitão de Prestige a dois anos de prisão

26/01/2016 12h43

Madri, 26 jan (EFE).- A Suprema Corte da Espanha condenou a dois anos de prisão o capitão do petroleiro Prestige, que afundou em 2002 em frente à costa da Galícia, no norte do país, pelo crime de imprudência contra o meio ambiente.

A sentença estabeleceu ainda a existência de responsabilidade civil pela catástrofe ambiental que provocou o naufrágio do navio, o que pode fazer com que o condenado, a operadora da embarcação e a seguradora, Univere Maritime e London P&I Clube, tenham que pagar bilhões de euros de multa e indenização.

O naufrágio do Prestige produziu uma enorme maré negra que provocou a maior catástrofe ambiental da história da Espanha.

A Suprema Corte espanhola reverteu assim a decisão da instância anterior, em la Coruña, que absolveu Mangouras e o ex-diretor-geral da Marinha Mercante espanhola, José Luis López Sors.

A decisão de hoje não afeta Sors.

A promotoria pediu 4,328 bilhões de euros (quase R$ 20 bilhões) de indenização.

Em 19 de novembro de 2002, após seis dias à deriva em frente a Finisterre, em La Coruña, o 'Prestige', carregado com 77 mil toneladas de combustível derivado de petróleo pesado, que operava sob a bandeira das Bahamas, se partiu em dois e afundou provocando um imenso vazamento que alagou a costa da Galícia e afetou mais de 1.700 quilômetros de litoral, desde Portugal até a França.

A Suprema Corte considerou o capitão responsável pelo naufrágio, pelo qual o condenou a dois anos de prisão, mas retira a pena por desobediência, pela qual tinha sido condenado a outros nove meses.

A justiça espanhola considerou que tanto o capitão como a barqueira atuaram "temerariamente" e com pleno conhecimento de que provavelmente causariam graves danos".