Turquia ameaça boicotar conversas de paz sobre a Síria
Ancara, 26 jan (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, declarou nesta terça-feira que seu país boicotará as conversas de paz sobre a Síria, que estão previstas para começar na próxima sexta-feira em Genebra, se delas participar o partido curdo-sírio PYD.
"Se o PYD for convidado às conversas de Genebra certamente vamos boicotar a reunião", disse Çavusoglu em uma entrevista ao canal de notícias "NTV".
O chefe da diplomacia turca ressaltou que seu governo considera o PYD e sua milícia YPG como organizações terroristas.
"Estas negociações reúnem o regime (sírio) e a oposição, não organizações terroristas", acrescentou.
A Turquia considera que o PYD está vinculado com o grupo armado turco Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Antes das declarações de Çavusoglu, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, já tinha considerado inaceitável a possível presença do PYD em Genebra.
Davutoglu salientou que os curdos deviam estar representados nas mesas de negociações, da mesma forma que o resto das minorias que vivem na Síria, mas não o PYD.
"Uma mesa de negociações sem os curdos estaria incompleta. No entanto, somos contrários a que o YPG e o PYD, que reprimem os curdos, estejam na mesa", afirmou o primeiro-ministro turco.
As milícias curdo-sírias YPG dominam o nordeste da Síria, recebem apoio aéreo da coalizão internacional antijihadista e foram reconhecidas como as forças terrestres mais efetivas contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
A Turquia vê com hostilidade o aumento da influência do PYD no norte da Síria e advertiu que não tolerará a criação de uma entidade administrativa curdo-síria por temor de que possa elevar as reivindicações entre sua própria população curda.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sustentou hoje que as conversas de Genebra não dariam frutos se o PYD não for incluído como interlocutor.
"Nós achamos que, sem este participante, as negociações não vão dar frutos. Os curdos representam 15% da população (da Síria) e ocupam um território-chave", argumentou o ministro russo.
Lavrov disse que há dúvidas sobre se este partido será convidado às negociações, devido ao fato de que "uma parte" se nega a permitir que façam parte no diálogo, em alusão à Turquia.
No entanto, o chefe da diplomacia russa disse que não corresponde a Moscou decidir quem participará e quem não, mas ao mediador da ONU, Staffan de Mistura, que deve enviar os convites aos participantes.
Turquia e Rússia passam por uma grave crise diplomática desde que caças turcos derrubaram em novembro do ano passado um bombardeiro russo na fronteira com a Síria.
A Rússia é, junto ao Irã, o principal aliado do presidente sírio, Bashar al Assad, enquanto a Turquia apoia militarmente algumas milícias que o combatem.
"Se o PYD for convidado às conversas de Genebra certamente vamos boicotar a reunião", disse Çavusoglu em uma entrevista ao canal de notícias "NTV".
O chefe da diplomacia turca ressaltou que seu governo considera o PYD e sua milícia YPG como organizações terroristas.
"Estas negociações reúnem o regime (sírio) e a oposição, não organizações terroristas", acrescentou.
A Turquia considera que o PYD está vinculado com o grupo armado turco Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Antes das declarações de Çavusoglu, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, já tinha considerado inaceitável a possível presença do PYD em Genebra.
Davutoglu salientou que os curdos deviam estar representados nas mesas de negociações, da mesma forma que o resto das minorias que vivem na Síria, mas não o PYD.
"Uma mesa de negociações sem os curdos estaria incompleta. No entanto, somos contrários a que o YPG e o PYD, que reprimem os curdos, estejam na mesa", afirmou o primeiro-ministro turco.
As milícias curdo-sírias YPG dominam o nordeste da Síria, recebem apoio aéreo da coalizão internacional antijihadista e foram reconhecidas como as forças terrestres mais efetivas contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
A Turquia vê com hostilidade o aumento da influência do PYD no norte da Síria e advertiu que não tolerará a criação de uma entidade administrativa curdo-síria por temor de que possa elevar as reivindicações entre sua própria população curda.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sustentou hoje que as conversas de Genebra não dariam frutos se o PYD não for incluído como interlocutor.
"Nós achamos que, sem este participante, as negociações não vão dar frutos. Os curdos representam 15% da população (da Síria) e ocupam um território-chave", argumentou o ministro russo.
Lavrov disse que há dúvidas sobre se este partido será convidado às negociações, devido ao fato de que "uma parte" se nega a permitir que façam parte no diálogo, em alusão à Turquia.
No entanto, o chefe da diplomacia russa disse que não corresponde a Moscou decidir quem participará e quem não, mas ao mediador da ONU, Staffan de Mistura, que deve enviar os convites aos participantes.
Turquia e Rússia passam por uma grave crise diplomática desde que caças turcos derrubaram em novembro do ano passado um bombardeiro russo na fronteira com a Síria.
A Rússia é, junto ao Irã, o principal aliado do presidente sírio, Bashar al Assad, enquanto a Turquia apoia militarmente algumas milícias que o combatem.
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