Em entrevista, Hassan Rohani fala de encontro com papa e acordos econômicos
Roma, 27 jan (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Roma, para falar sobre seu encontro de ontem com o papa Francisco e as relações econômicas que está fechando com os Estados Unidos e a União Europeia (UE).
Sobre o encontro com o pontífice, que durou 40 minutos, o mandatário e afirmou com ambos condenaram o extremismo e a violência em nome de Deus.
"Falamos sobre como utilizar a influência das religiões para lutar contra a violência terrorista e o extremismo", explicou.
O clérigo xiita acrescentou que os dois abordaram a liberdade de expressão e o respeito mútuo.
"Não significa que cada um possa fazer o que quiser. É preciso respeitar as outras religiões. Não se pode ofender os credos religiosos dos demais, porque isso gera divisões", enfatizou.
Rohani disse que o pontífice o lembrou das declarações que fez quando voltava da viagem ao Sri Lanka e as Filipinas, de a liberdade de expressão é um direito, mas tem um limite.
"Ele me disse ter sustentado que quando alguém ofende a sua mãe, é normal reagir. Concordamos que a violência é condenável, mas também a ofensa", apontou.
O líder iraniano reconheceu que "o maior problema que a região (Oriente Médio) enfrenta neste momento é o grupo terrorista Estado Islâmico" e garantiu que o "Irã está preparado para colaborar com todos os países para combater o terrorismo".
A visita aconteceu quase 17 anos depois da realizada por Mohammad Khatami a João Paulo II em março de 1999. A audiência seria em novembro do ano passado, mas foi adiada após os atentados de Paris.
Depois de relatar o encontro com o papa, Rohani falou sobre o início das relações de cooperação "sem tensões" entre seu país e os Estados Unidos, igual o que será feito com os países da União Europeia (UE) após o fim das sanções por seu programa nuclear.
"Existem possibilidades para que entre Irã e EUA tenham relações de cooperação sem tensões, mas isto não depende de nós, mas de Washington", afirmou, em referência à oposição republicana ao acordo.
Ele convidou empresários americanos a investir no Irã e ressaltou que eles "não encontrarão nenhum problema".
"Queremos que apresentem seus investimentos e suas tecnologias para que isto se reverta em benefício mútuo", afirmou.
Rohani chegou à Itália na segunda-feira passada para iniciar uma viagem pela Europa, cujo objetivo é estreitar laços e encorajar o investimento no Irã por parte da comunidade internacional depois da assinatura do acordo nuclear e o fim das sanções. Hoje ele embarcará para a França.
"Antes, as relações com a UE estavam congeladas. Vivíamos em um inverno, mas agora estamos entrando em uma primavera que com certeza nos conduzirá a um verão ensolarado no qual as relações de cooperação serão excelentes", sustentou.
Ele aproveitou para confirmar que seu país e a Itália fecharam 14 acordos de colaboração com empresas dos setores de energia, transporte, indústria, turismo, agricultura e cultura.
Ao final, reiterou sua chamada às empresas de todo o mundo para que invistam no "potencial iraniano" e para que vejam o país "não como um mercado único, de 80 milhões de pessoas, mas como o acesso a um mercado mais amplo, o dos países da região, de 400 milhões de pessoas".
Sobre o encontro com o pontífice, que durou 40 minutos, o mandatário e afirmou com ambos condenaram o extremismo e a violência em nome de Deus.
"Falamos sobre como utilizar a influência das religiões para lutar contra a violência terrorista e o extremismo", explicou.
O clérigo xiita acrescentou que os dois abordaram a liberdade de expressão e o respeito mútuo.
"Não significa que cada um possa fazer o que quiser. É preciso respeitar as outras religiões. Não se pode ofender os credos religiosos dos demais, porque isso gera divisões", enfatizou.
Rohani disse que o pontífice o lembrou das declarações que fez quando voltava da viagem ao Sri Lanka e as Filipinas, de a liberdade de expressão é um direito, mas tem um limite.
"Ele me disse ter sustentado que quando alguém ofende a sua mãe, é normal reagir. Concordamos que a violência é condenável, mas também a ofensa", apontou.
O líder iraniano reconheceu que "o maior problema que a região (Oriente Médio) enfrenta neste momento é o grupo terrorista Estado Islâmico" e garantiu que o "Irã está preparado para colaborar com todos os países para combater o terrorismo".
A visita aconteceu quase 17 anos depois da realizada por Mohammad Khatami a João Paulo II em março de 1999. A audiência seria em novembro do ano passado, mas foi adiada após os atentados de Paris.
Depois de relatar o encontro com o papa, Rohani falou sobre o início das relações de cooperação "sem tensões" entre seu país e os Estados Unidos, igual o que será feito com os países da União Europeia (UE) após o fim das sanções por seu programa nuclear.
"Existem possibilidades para que entre Irã e EUA tenham relações de cooperação sem tensões, mas isto não depende de nós, mas de Washington", afirmou, em referência à oposição republicana ao acordo.
Ele convidou empresários americanos a investir no Irã e ressaltou que eles "não encontrarão nenhum problema".
"Queremos que apresentem seus investimentos e suas tecnologias para que isto se reverta em benefício mútuo", afirmou.
Rohani chegou à Itália na segunda-feira passada para iniciar uma viagem pela Europa, cujo objetivo é estreitar laços e encorajar o investimento no Irã por parte da comunidade internacional depois da assinatura do acordo nuclear e o fim das sanções. Hoje ele embarcará para a França.
"Antes, as relações com a UE estavam congeladas. Vivíamos em um inverno, mas agora estamos entrando em uma primavera que com certeza nos conduzirá a um verão ensolarado no qual as relações de cooperação serão excelentes", sustentou.
Ele aproveitou para confirmar que seu país e a Itália fecharam 14 acordos de colaboração com empresas dos setores de energia, transporte, indústria, turismo, agricultura e cultura.
Ao final, reiterou sua chamada às empresas de todo o mundo para que invistam no "potencial iraniano" e para que vejam o país "não como um mercado único, de 80 milhões de pessoas, mas como o acesso a um mercado mais amplo, o dos países da região, de 400 milhões de pessoas".
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