"Dia da Família" mobiliza milhares em Roma contra uniões gays
Roma, 30 jan (EFE).- Milhares de cidadãos, membros de associações católicas da Itália e personalidades da política se mobilizaram neste sábado em Roma em defesa da família tradicional e contra as uniões homossexuais.
Os manifestantes foram ao Circus Maximus na capital italiana levando cartazes com mensagens como "Inimigos da Família" e imagens de casais gays com filhos e a legenda "Erro" para pedir o respeito pela família católica tradicional - um pai, uma mãe e seus filhos.
Na semana que vem, o Senado debaterá um projeto de lei apresentado pelo primeiro-ministro da Itália, o socialdemocrata Matteo Renzi, que reconhece a legalidade das uniões formadas por pessoas do mesmo sexo e a adoção do filho natural do casal pelo outro membro. Este é um dos aspectos que mais geram divisões, tanto dentro quanto fora do Partido Democrata (PD, no governo).
Um dos ministros italianos que se mostrou reticente sobre este aspecto e que hoje participou da marcha foi o do Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, que dias antes tinha sustentado que participaria por princípios e individualmente, e não como membro do Executivo.
Também participaram do "Dia da Família" o governador da Região da Lombardia, Roberto Maroni, o senador do grupo Forza Italia, de Silvio Berlusconi, Maurizio Gasparri, o deputado da mesma formação, Renato Brunetta, o vice-presidente da organização fascista CasaPound, Simone Di Stefano, e o ex-ministro de Reformas Constitucionais do governo de Enrico Letta, Gaetano Quagliariello, entre outros.
De acordo com números fornecidos pelo principal organizador do evento, Massimo Gandolfini, 2 milhões de pessoas estiveram presentes no ato.
"Somos muitos, muito mais do que pensávamos. Esta mobilização não é contra ninguém, mas a favor da família", sustentou ele, no palco decorado com um enorme cartaz vermelho que dizia "Proibido destruir a família".
No discurso, ele defendeu os valores tradicionais e pediu o não reconhecimento ao direito de adoção.
Em mensagem no Twitter, o ex-ministro de Infraestruturas da Itália Maurizio Lupi, que se viu obrigado a renunciar por um suposto caso de nepotismo e também esteve na marcha, defendeu as mesmas posições e escreveu: "#família é uma só: pai, mãe e filhos".
O presidente da Região da Apúlia, Michele Emiliano, por sua vez, afirmou que a família tradicional "é um direito belo e legítimo".
Pouco antes de o evento começar, às 13h30 GMT (11h30 em Brasília), o ministro do Interior, Angelino Alfano, recebeu membros da organização e mostrou total apoio ao ato, como afirmou no Twitter.
O "Dia da Família" aconteceu uma semana depois de organizações em defesa dos direitos dos homossexuais pedirem em 80 cidades da Itália a aprovação deste projeto de lei no Senado. O preâmbulo do texto destaca "a necessidade" de pôr fim a este vazio legislativo que faz da Itália um dos poucos países europeus sem uma legislação sobre as uniões gays. O texto foi impulsionado pelo PD e é umas das prioridades do primeiro-ministro para este ano.
Em 21 de julho do ano passado, o Tribunal de Estrasburgo condenou à Itália por não respeitar a Convenção Europeia de Direitos Humanos e pediu a legalização das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. EFE
lsc/cdr
(foto) (vídeo)
Os manifestantes foram ao Circus Maximus na capital italiana levando cartazes com mensagens como "Inimigos da Família" e imagens de casais gays com filhos e a legenda "Erro" para pedir o respeito pela família católica tradicional - um pai, uma mãe e seus filhos.
Na semana que vem, o Senado debaterá um projeto de lei apresentado pelo primeiro-ministro da Itália, o socialdemocrata Matteo Renzi, que reconhece a legalidade das uniões formadas por pessoas do mesmo sexo e a adoção do filho natural do casal pelo outro membro. Este é um dos aspectos que mais geram divisões, tanto dentro quanto fora do Partido Democrata (PD, no governo).
Um dos ministros italianos que se mostrou reticente sobre este aspecto e que hoje participou da marcha foi o do Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, que dias antes tinha sustentado que participaria por princípios e individualmente, e não como membro do Executivo.
Também participaram do "Dia da Família" o governador da Região da Lombardia, Roberto Maroni, o senador do grupo Forza Italia, de Silvio Berlusconi, Maurizio Gasparri, o deputado da mesma formação, Renato Brunetta, o vice-presidente da organização fascista CasaPound, Simone Di Stefano, e o ex-ministro de Reformas Constitucionais do governo de Enrico Letta, Gaetano Quagliariello, entre outros.
De acordo com números fornecidos pelo principal organizador do evento, Massimo Gandolfini, 2 milhões de pessoas estiveram presentes no ato.
"Somos muitos, muito mais do que pensávamos. Esta mobilização não é contra ninguém, mas a favor da família", sustentou ele, no palco decorado com um enorme cartaz vermelho que dizia "Proibido destruir a família".
No discurso, ele defendeu os valores tradicionais e pediu o não reconhecimento ao direito de adoção.
Em mensagem no Twitter, o ex-ministro de Infraestruturas da Itália Maurizio Lupi, que se viu obrigado a renunciar por um suposto caso de nepotismo e também esteve na marcha, defendeu as mesmas posições e escreveu: "#família é uma só: pai, mãe e filhos".
O presidente da Região da Apúlia, Michele Emiliano, por sua vez, afirmou que a família tradicional "é um direito belo e legítimo".
Pouco antes de o evento começar, às 13h30 GMT (11h30 em Brasília), o ministro do Interior, Angelino Alfano, recebeu membros da organização e mostrou total apoio ao ato, como afirmou no Twitter.
O "Dia da Família" aconteceu uma semana depois de organizações em defesa dos direitos dos homossexuais pedirem em 80 cidades da Itália a aprovação deste projeto de lei no Senado. O preâmbulo do texto destaca "a necessidade" de pôr fim a este vazio legislativo que faz da Itália um dos poucos países europeus sem uma legislação sobre as uniões gays. O texto foi impulsionado pelo PD e é umas das prioridades do primeiro-ministro para este ano.
Em 21 de julho do ano passado, o Tribunal de Estrasburgo condenou à Itália por não respeitar a Convenção Europeia de Direitos Humanos e pediu a legalização das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. EFE
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