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Arábia Saudita oferece recompensa milionária para quem denunciar terroristas

31/01/2016 14h57

Riad, 31 jan (EFE).- O governo da Arábia Saudita anunciou neste domingo que oferecerá recompensas entre 1 milhão e 7 milhões de riais sauditas (entre US$ 226 mil e US$ 1,86 milhão) para pessoas que oferecerem informações sobre terroristas, informou a agência oficial de notícias "SPA".

O porta-voz do Ministério do Interior da Arábia Saudita, Mansur al Turki, citado pela "SPA", explicou que a recompensa será de 5 milhões de riais sauditas caso a informação leve à prisão de um ou mais acusados. Receberá o valor máximo de 7 milhões de riais quem fizer denúncias que permitam que as forças de segurança impeçam um atentado.

O Ministério do Interior também deu detalhes sobre os autores do ataque ocorrido em agosto do ano passado contra a mesquita das Forças de Segurança de Emergência da cidade de Abha, na província de Asir, no qual morreram 15 pessoas e outras 33 ficaram feridas.

O terrorista suicida que realizou o ataque, identificado então como Yousef al Suleiman Abdullah, estava envolvido com uma célula que a Polícia conseguiu desmantelar no mesmo mês, quando mais de cem pessoas foram presas no país.

O porta-voz do ministério revelou hoje que um soldado das Forças de Segurança de Emergência de Abha, identificado como Salah Ali Ayed, ajudou o suicida a realizar o ataque, no qual também participaram outras 13 pessoas, incluindo uma mulher. Mas apenas dois dos suspeitos estão presos.

Al Suleiman detonou o colete de explosivos que carregava junto ao corpo no meio de fiéis islâmicos quando eles realizavam a oração do meio-dia, a mais importante para os muçulmanos. No mesmo dia do ataque, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado e identificou o suicida como Abu Sinan al Naydi.

Os extremistas convocaram seus seguidores a lutar contra a Arábia Saudita e pediu que a população do país se rebele contra a família real e o Exército.

No ano passado, centenas de pessoas foram condenadas a prisão e a morte por terrorismo na Arábia Saudita.