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Desde início dos bombardeios da coalizão na Síria, 4,7 mil pessoas morreram

23/04/2016 08h09

Cairo, 23 abr (EFE).- Mais de 4,7 mil pessoas, a maioria jihadistas, morreram na Síria por causa dos bombardeios da coalizão internacional, que começaram há 19 meses, segundo os dados divulgados neste sábado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Entre os 4.742 mortos, pelo menos 391 eram civis e deles 99 eram menores de idade e 67, mulheres, que morreram em sua maioria nas províncias setentrionais de Al Hasaka, Al Raqqa, Aleppo e Idlib, e na oriental de Deir ez Zor.

O Observatório, cuja sede se encontra em Londres e goza de uma ampla rede de ativistas na Síria, indicou que 64 civis faleceram em uma só operação da coalizão na noite de 30 de abril de 2015 em Bir Mahali, no norte da província de Aleppo.

Estes números contrastam com o oferecido ontem pelo Departamento de Defesa dos EUA, que dirige a coalizão e que admitiu ter matado 20 civis em vários ataques aéreos no Iraque e Síria entre setembro e fevereiro passados.

Estes dados elevariam a 41 o balanço total de vítimas mortais civis em ambos países, segundo Washington, desde o início da campanha militar contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Por sua parte, a site "Airwars", que rastreia e recopila dados dos bombardeios da coalizão internacional no Iraque e Síria, estima que os civis mortos em ambos países são mais de 1,1 mil.

Quanto às baixas nas fileiras do EI, o Observatório indicou que nestes 19 meses de bombardeios morreram 4.195 membros do grupo jihadista.

A maioria é formada por combatentes de nacionalidades estrangeiras e entre eles figuram dezenas de líderes importantes do grupo terrorista, como seu comandante militar Abu Omar al Shishani.

Os bombardeios causaram, além disso, a morte de pelo menos 136 combatentes da Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, e a dez combatentes do grupo islamita Jaish al-Sunna.

O Observatório estimou que o número dos mortos nas fileiras dos grupos extremistas é superior ao anunciado devido ao blecaute informativo imposto pelos jihadistas sobre as baixas em suas fileiras.

A coalizão liderada pelos EUA e formada por mais de 60 países começou a bombardear as sedes do EI meses depois que o grupo terrorista proclamou em junho de 2014 um califado nas vastas zonas sob seu controle da Síria e Iraque.