Coreia do Norte anuncia que congresso do partido começará em 6 de maio
Seul, 27 abr (EFE).- A Coreia do Norte divulgou nesta quarta-feira que o VII Congresso do Partido dos Trabalhadores começará em 6 de mio, o que põe fim à incerteza sobre a data deste importante evento realizado pela primeira vez em 36 anos.
"O Departamento Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores de Coreia (PTC) decidiu abrir o VII Congresso em Pyongyang em 6 de maio de 2016", informou a agência estatal "KCNA" em comunicado.
A Coreia do Norte não especificou quantos dias durará o congresso, mas fontes de Pyongyang disseram à Agência Efe que pode se prolongar por entre três e quatro dias.
A agência estatal norte-coreana afirmou que tudo está pronto para a realização do evento após serem escolhidos os delegados e observadores nas conferências provinciais do partido.
Na última edição do congresso, realizada em outubro de 1980, estiveram presentes cerca de 3 mil delegados do Partido dos Trabalhadores.
Ainda não se sabe se delegações estrangeiras participarão, e em caso positivo, está previsto que sejam reduzidas devido ao confronto que a Coreia do Norte mantém com a comunidade internacional desde seus testes nucleares e de mísseis no começo do ano que terminaram em duras sanções da ONU.
No caso da China, principal aliado da Coreia do Norte apesar do recente distanciamento mútuo, o país pode não enviar representantes já que seu governo não recebeu convite algum para o congresso, segundo indicou uma fonte diplomática de Pequim à agência sul-coreana "Yonhap".
Segundo as normas, o congresso servirá para estabelecer as principais linhas do PTC e debater seus assuntos e projetos, entre eles a seleção do primeiro-secretário do partido, título que ostenta e previsivelmente revalidará o "líder supremo" Kim Jong-un.
O ditador de 33 anos será o protagonista principal e os veículos de imprensa estatais reforçaram próximo ao evento o culto à personalidade da dinastia Kim iniciada em 1948 por Kim Il-sung, fundador do país e avô do atual líder.
No congresso podem ser anunciadas importantes decisões que marquem o futuro das políticas -especialmente em matéria econômica- do país e especialistas sugeriram que Kim Jong-un poderia impor uma substituição geracional nas elites do país.
O líder também poderia aproveitar a ocasião para "reafirmar sua política conhecida como byeongjin", consistente em impulsionar ao mesmo tempo o progresso econômico e o desenvolvimento do programa de armas nucleares e mísseis do país, segundo declarou à Agência Efe Chang Yong-seok, pesquisador do Instituto de Estudos para a Paz e a Unificação da Universidade Nacional de Seul.
Outros especialistas levantaram a hipótese de o congresso ser um ponto de inflexão e que o regime norte-coreano, atingido pelas sanções, passe do atual ciclo de confronto à busca de diálogo com seus "inimigos", EUA e Coreia do Sul.
No anterior congresso realizado em outubro de 1980 o então presidente da Coreia do Norte, Kim Il-sung, designou como sucessor do poder seu filho Kim Jong-il, morto em 2011 e pai do atual ditador.
"O Departamento Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores de Coreia (PTC) decidiu abrir o VII Congresso em Pyongyang em 6 de maio de 2016", informou a agência estatal "KCNA" em comunicado.
A Coreia do Norte não especificou quantos dias durará o congresso, mas fontes de Pyongyang disseram à Agência Efe que pode se prolongar por entre três e quatro dias.
A agência estatal norte-coreana afirmou que tudo está pronto para a realização do evento após serem escolhidos os delegados e observadores nas conferências provinciais do partido.
Na última edição do congresso, realizada em outubro de 1980, estiveram presentes cerca de 3 mil delegados do Partido dos Trabalhadores.
Ainda não se sabe se delegações estrangeiras participarão, e em caso positivo, está previsto que sejam reduzidas devido ao confronto que a Coreia do Norte mantém com a comunidade internacional desde seus testes nucleares e de mísseis no começo do ano que terminaram em duras sanções da ONU.
No caso da China, principal aliado da Coreia do Norte apesar do recente distanciamento mútuo, o país pode não enviar representantes já que seu governo não recebeu convite algum para o congresso, segundo indicou uma fonte diplomática de Pequim à agência sul-coreana "Yonhap".
Segundo as normas, o congresso servirá para estabelecer as principais linhas do PTC e debater seus assuntos e projetos, entre eles a seleção do primeiro-secretário do partido, título que ostenta e previsivelmente revalidará o "líder supremo" Kim Jong-un.
O ditador de 33 anos será o protagonista principal e os veículos de imprensa estatais reforçaram próximo ao evento o culto à personalidade da dinastia Kim iniciada em 1948 por Kim Il-sung, fundador do país e avô do atual líder.
No congresso podem ser anunciadas importantes decisões que marquem o futuro das políticas -especialmente em matéria econômica- do país e especialistas sugeriram que Kim Jong-un poderia impor uma substituição geracional nas elites do país.
O líder também poderia aproveitar a ocasião para "reafirmar sua política conhecida como byeongjin", consistente em impulsionar ao mesmo tempo o progresso econômico e o desenvolvimento do programa de armas nucleares e mísseis do país, segundo declarou à Agência Efe Chang Yong-seok, pesquisador do Instituto de Estudos para a Paz e a Unificação da Universidade Nacional de Seul.
Outros especialistas levantaram a hipótese de o congresso ser um ponto de inflexão e que o regime norte-coreano, atingido pelas sanções, passe do atual ciclo de confronto à busca de diálogo com seus "inimigos", EUA e Coreia do Sul.
No anterior congresso realizado em outubro de 1980 o então presidente da Coreia do Norte, Kim Il-sung, designou como sucessor do poder seu filho Kim Jong-il, morto em 2011 e pai do atual ditador.
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