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Trump promete que EI desaparecerá "rapidamente" se ele chegar à presidência

Lucas Jackson/Reuters
Imagem: Lucas Jackson/Reuters

Em Washington

27/04/2016 15h25

Líder na disputa pela candidatura do partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, o empresário Donald Trump afirmou nesta quarta-feira (27) que o grupo terrorista EI (Estado Islâmico) desaparecerá "rapidamente" se ele for eleito no pleito de novembro.

"Tenho uma mensagem simples para o EI. Seus dias estão contados. Não lhes direi onde e não lhes direi quando. Como nação, temos que ser mais imprevisíveis, agora somos totalmente previsíveis", disse Trump, em Washington, em discurso sobre as bases de sua política externa se chegar à Casa Branca.

"Se for eleito presidente, o EI desaparecerá e desaparecerá muito rapidamente", ressaltou o bilionário.

Trump dedicou boa parte de seu discurso a criticar a política externa do atual presidente, Barack Obama, cujo legado no mundo ele classificou como de "fraqueza, confusão e caos", segundo sua opinião.

"Fizemos com que o Oriente Médio se tornasse mais instável e caótico do que nunca", e deu ao EI "o espaço que precisava para crescer e prosperar", afirmou Trump.

"Tudo isso começou com a perigosa ideia de que podíamos transformar em democracias ocidentais países que não tinham experiência nem interesse em se transformar em uma democracia ocidental", acrescentou, em aparente referência ao apoio americano à Primavera Árabe.

"Nossas ações no Iraque, na Líbia e na Síria ajudaram a fortalecer o EI", opinou.

O objetivo no Oriente Médio de um governo presidido por Trump seria, segundo o próprio, o de "derrotar os terroristas e promover a estabilidade regional, não as mudanças radicais".

Em nível nacional, os EUA devem "deixar de importar o extremismo" por meio de suas políticas migratórias, porque atualmente não sabe "o que faz esta gente" que chega ao país, afirmou.

Com este discurso, Trump buscava dar seriedade a uma área de sua campanha, a política externa, que gerou nervosismo fora dos EUA e na qual ele vinha sendo criticado por suposta tendência ao isolacionismo.

O bilionário quis ressaltar que o princípio que articulará essa política será "os EUA primeiro", que significa que "nenhum cidadão americano voltará a sentir que suas necessidades estão depois das dos cidadãos de países estrangeiros".

"Olharei o mundo com a clara lente dos interesses americanos", declarou o pré-candidato republicano.