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Força curdo-árabe inicia ofensiva contra Al Raqqa, bastião do EI na Síria

24/05/2016 05h55

Beirute, 24 mai (EFE).- As Forças da Síria Democrática (FSD), uma coalizão armada curdo-árabe, iniciaram nesta terça-feira uma ofensiva ao norte da cidade de Al Raqqa, principal bastião do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em território sírio.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) detalhou que, em uma primeira etapa, o objetivo das FSD, que têm apoio da coalizão internacional, é tomar o controle do triângulo formado pela cidade de Tel Abiad, pela Divisão 17 e pelo povoado de Ain Aisa, ao norte de Al Raqqa, antes de avançar rumo à cidade.

No entanto, a OSDH afirmou que, por enquanto, não está entre os objetivos da FSD entrar em Al Raqqa.

Os combatentes das FSD começaram hoje a se transferir de regiões ao sul dessa cidade rumo a Tel Abiad, perto da fronteira com a Turquia e que está sob controle das forças curdo-sírias, e rumo a Ain Aisa, ao noroeste de Al Raqqa.

O OSDH indicou que intensos combates estão sendo travados entre as FSD e grupos leais ao EI, acompanhados de bombardeios dentro de Al Raqqa e em seus arredores.

O começo da ofensiva acontece após a visita no fim de semana passado do general americano Joseph Votel, que dirige o Comando Central a cargo das operações no Oriente Médio, que esteve durante 11 horas no norte da Síria no último sábado.

O vice-ministro de Relações Exteriores da Administração autônoma curda do enclave de Kobani, Idris Nuaman, disse ontem à Agência Efe que Votel esteve nesta região curdo-síria e na de Al Jazeera.

Lá, o general se reuniu com responsáveis das Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo), principal milícia curdo-síria e o componente mais importante das FSD.

"O objetivo da visita do general Votel foi supervisionar os preparativos da futura ofensiva contra a cidade de Al Raqqa e expressar o apoio dos Estados Unidos aos curdos da Síria", indicou Nuaman.

Votel visitou campos de treinamento das FSD e das YPG, onde os combatentes recebem treinamento e assessoria por parte de aproximadamente 200 assessores militares americanos.