Governo dos EUA pede pena de morte para autor de massacre em igreja
Washington, 24 mai (EFE).- O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que pedirá a pena de morte no julgamento de Dylann Roof, acusado de matar a tiros nove fiéis negros em uma histórica igreja da comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul, supostamente guiado por ódio racial.
"Determinei que o Departamento de Justiça pedirá a pena de morte. A natureza do suposto crime e o dano resultante nos obrigam a tomar esta decisão", disse hoje em declarações enviadas aos veículos de comunicação a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, a primeira mulher negra à frente do Departamento de Justiça.
Embora o presidente dos EUA, Barack Obama, tenha se mostrado reticente à aplicação da pena de morte em alguns casos, nesta ocasião o governo decidiu pedir este castigo após revisar "rigorosamente" os fatos relevantes, segundo Lynch.
O governo dos EUA também pediu com sucesso no ano passado a pena capital para Dzhokhar Tsarnaev, coautor confesso dos atentados da maratona de Boston de 2013, onde morreram três pessoas e outras 264 ficaram feridas.
Em julho do ano passado, a procuradora apresentou contra Roof 33 acusações federais e lhe indiciou por crimes de ódio ao considerar que se guiou por motivos raciais quando abriu fogo contra um grupo de pessoas que lia textos sagrados na histórica Igreja Africana Metodista Episcopal de Charleston.
Seis mulheres e três homens, entre eles o pastor da igreja e senador estadual Clementa Pinckney, morreram no tiroteio e, segundo o relato de um dos três sobreviventes, Roof justificou sua ação dizendo que os negros estão se "apoderando" dos EUA.
O governo federal decidiu apresentar acusações por crimes de ódio porque o estado da Carolina do Sul, onde aconteceu o massacre, não contempla este tipo de delito em sua legislação.
Na Carolina do Sul, Roof, de 22 anos, terá que responder a nove acusações por assassinato, três de tentativa de assassinato e outra por portar armas, crimes que também poderiam condená-lo à pena capital.
Os testemunhos de familiares, amigos e conhecidos mostram Roof, com várias detenções nas costas por delitos menores, como um jovem tímido, solitário, antissocial nos últimos tempos e de personalidade racista.
Roof supostamente tem visões similares às dos grupos de supremacistas brancos da Carolina do Sul, estado que em julho decidiu retirar a bandeira confederada de seu Capitólio após mais de meio século ondeando em homenagem aos estados do sul que defendiam a escravidão na Guerra de Secessão contra os do norte.
Em uma foto de seu perfil de Facebook divulgada após o massacre, Roof aparece vestido com um jaqueta na qual está costurada uma bandeira do sistema de segregação racial sul-africano do apartheid e outra da Rodésia, antiga colônia britânica que esteve governada pela minoria branca até se transformar no atual Zimbábue, em 1980.
O tiroteio de Charleston voltou a pôr sobre a mesa o debate sobre o racismo nos Estados Unidos, muito presente no último um ano e meio por causa de vários casos de homens negros desarmados mortos por policiais brancos.
"Determinei que o Departamento de Justiça pedirá a pena de morte. A natureza do suposto crime e o dano resultante nos obrigam a tomar esta decisão", disse hoje em declarações enviadas aos veículos de comunicação a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, a primeira mulher negra à frente do Departamento de Justiça.
Embora o presidente dos EUA, Barack Obama, tenha se mostrado reticente à aplicação da pena de morte em alguns casos, nesta ocasião o governo decidiu pedir este castigo após revisar "rigorosamente" os fatos relevantes, segundo Lynch.
O governo dos EUA também pediu com sucesso no ano passado a pena capital para Dzhokhar Tsarnaev, coautor confesso dos atentados da maratona de Boston de 2013, onde morreram três pessoas e outras 264 ficaram feridas.
Em julho do ano passado, a procuradora apresentou contra Roof 33 acusações federais e lhe indiciou por crimes de ódio ao considerar que se guiou por motivos raciais quando abriu fogo contra um grupo de pessoas que lia textos sagrados na histórica Igreja Africana Metodista Episcopal de Charleston.
Seis mulheres e três homens, entre eles o pastor da igreja e senador estadual Clementa Pinckney, morreram no tiroteio e, segundo o relato de um dos três sobreviventes, Roof justificou sua ação dizendo que os negros estão se "apoderando" dos EUA.
O governo federal decidiu apresentar acusações por crimes de ódio porque o estado da Carolina do Sul, onde aconteceu o massacre, não contempla este tipo de delito em sua legislação.
Na Carolina do Sul, Roof, de 22 anos, terá que responder a nove acusações por assassinato, três de tentativa de assassinato e outra por portar armas, crimes que também poderiam condená-lo à pena capital.
Os testemunhos de familiares, amigos e conhecidos mostram Roof, com várias detenções nas costas por delitos menores, como um jovem tímido, solitário, antissocial nos últimos tempos e de personalidade racista.
Roof supostamente tem visões similares às dos grupos de supremacistas brancos da Carolina do Sul, estado que em julho decidiu retirar a bandeira confederada de seu Capitólio após mais de meio século ondeando em homenagem aos estados do sul que defendiam a escravidão na Guerra de Secessão contra os do norte.
Em uma foto de seu perfil de Facebook divulgada após o massacre, Roof aparece vestido com um jaqueta na qual está costurada uma bandeira do sistema de segregação racial sul-africano do apartheid e outra da Rodésia, antiga colônia britânica que esteve governada pela minoria branca até se transformar no atual Zimbábue, em 1980.
O tiroteio de Charleston voltou a pôr sobre a mesa o debate sobre o racismo nos Estados Unidos, muito presente no último um ano e meio por causa de vários casos de homens negros desarmados mortos por policiais brancos.
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