Protesto de latinos contra visita de Trump termina em confusão em San Diego
(Atualiza com número de detidos e declarações de chefe de polícia).
San Diego (EUA), 27 mai (EFE).- A visita do virtual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, a San Diego, no estado da Califórnia, gerou, como estava previsto, fortes protestos que levaram a prisão de mais de dez pessoas.
"De maneira preliminar, estamos falando de pelo menos uma dúzia de detenções, por diferentes motivos, incluindo resistência a deixar o local", informou a chefe de polícia de San Diego, Shelley Zimmerman, em entrevista coletiva, na qual acrescentou que o número de detidos pode aumentar nas próximas horas.
As manifestações começaram desde muito cedo nos arredores do Centro de Convenções de San Diego, mas a situação só começou a ficar tensa entre correligionários e opositores de Trump no final do discurso do magnata, o que obrigou a polícia de San Diego a declarar o ato de "assembleia ilegal" e ordenar a evacuação da área.
A chefe de polícia afirmou que centenas de policiais participaram da operação de hoje e que muitos deles permanecerão no local para garantir a segurança do público.
Por outro lado, Shelley indicou que, até o momento, não foram reportados oficiais feridos e danos a propriedades por ocasião das manifestações.
"A maior parte da multidão, estamos falando de milhares de pessoas que estiveram aqui hoje, foi muito pacífica. Estamos falando de alguns poucos indivíduos que protagonizaram a confusão e por isso tivemos que intervir, para resguardar a área e manter a paz e a ordem", acrescentou a policial.
Vários manifestantes decidiram se afastar do local, mas muitos outros permaneceram no recinto, apesar dos sinais de que a situação estava prestes a sair de controle.
"É uma loucura, o que preocupa é que se (Trump) ganhar, veremos isto sempre", comentou David Hernández, um manifestante que compareceu ao protesto em companhia de um grupo de amigos.
A anunciada visita do republicano contou com um dispositivo de segurança com cerca de 18 agências policiais dos três níveis de governo, para evitar uma escalada nos distúrbios.
Também foi mobilizado um dispositivo da segurança muito forte em toda a área, que não deixava ninguém passar.
Um homem tentou subir a grade que separava os manifestantes do Centro de Convenções, onde Trump fazia seu discurso, e quando os policiais o impediram de fazê-lo, houve um confusão entre agentes e manifestantes que resultou na detenção de uma pessoa, segundo Shelley Zimmerman.
As distintas mobilizações prévias ao discurso de Trump foram organizadas por organizações civis, principalmente grupos de defesa dos direitos dos imigrantes.
"É evidente que a comunidade fronteiriça está dando a ele (Trump) as boas-vindas que merece desde que iniciou sua campanha e se dedicou a agredir as comunidades latina, de imigrantes, mulheres, árabes", afirmou Christian Ramírez, diretor da Southern Border Communities Coalition ("Coalizão de Comunidades da Fronteira Sul", tradução livre), antes que os protestos se tornassem violentos.
O ativista opinou que a melhor arma da comunidade latina, além de alçar a voz, será comparecer às urnas, primeiro nas eleições primárias de 7 de junho, na Califórnia, e, posteriormente, no pleito geral de novembro.
"Devemos nos mobilizar não somente nas ruas, mas, mais importante ainda, nas urnas", afirmou Ramírez.
"Se antes havia dúvida de que o voto latino era importante, neste momento é fundamental que a comunidade vote para assegurar que iniciativas como as que este candidato (Trump) está promovendo não se transformem em realidade", acrescentou o ativista.
O diretor da organização Border Angels ("Anjos da Fronteira", em tradução livre), Enrique Morones, afirmou que é importante que a comunidade mostre sua inconformidade diante da retórica utilizada por Trump desde o início de sua campanha para a indicação presidencial republicana.
"É importante denunciar a mensagem de ódio de Donald Trump, normalmente (a este tipo de eventos) vem muita gente para apoiar um candidato e, neste caso, vem muita gente para dizer a este candidato que ele não é bem-vindo aqui", concluiu Morones.
San Diego (EUA), 27 mai (EFE).- A visita do virtual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, a San Diego, no estado da Califórnia, gerou, como estava previsto, fortes protestos que levaram a prisão de mais de dez pessoas.
"De maneira preliminar, estamos falando de pelo menos uma dúzia de detenções, por diferentes motivos, incluindo resistência a deixar o local", informou a chefe de polícia de San Diego, Shelley Zimmerman, em entrevista coletiva, na qual acrescentou que o número de detidos pode aumentar nas próximas horas.
As manifestações começaram desde muito cedo nos arredores do Centro de Convenções de San Diego, mas a situação só começou a ficar tensa entre correligionários e opositores de Trump no final do discurso do magnata, o que obrigou a polícia de San Diego a declarar o ato de "assembleia ilegal" e ordenar a evacuação da área.
A chefe de polícia afirmou que centenas de policiais participaram da operação de hoje e que muitos deles permanecerão no local para garantir a segurança do público.
Por outro lado, Shelley indicou que, até o momento, não foram reportados oficiais feridos e danos a propriedades por ocasião das manifestações.
"A maior parte da multidão, estamos falando de milhares de pessoas que estiveram aqui hoje, foi muito pacífica. Estamos falando de alguns poucos indivíduos que protagonizaram a confusão e por isso tivemos que intervir, para resguardar a área e manter a paz e a ordem", acrescentou a policial.
Vários manifestantes decidiram se afastar do local, mas muitos outros permaneceram no recinto, apesar dos sinais de que a situação estava prestes a sair de controle.
"É uma loucura, o que preocupa é que se (Trump) ganhar, veremos isto sempre", comentou David Hernández, um manifestante que compareceu ao protesto em companhia de um grupo de amigos.
A anunciada visita do republicano contou com um dispositivo de segurança com cerca de 18 agências policiais dos três níveis de governo, para evitar uma escalada nos distúrbios.
Também foi mobilizado um dispositivo da segurança muito forte em toda a área, que não deixava ninguém passar.
Um homem tentou subir a grade que separava os manifestantes do Centro de Convenções, onde Trump fazia seu discurso, e quando os policiais o impediram de fazê-lo, houve um confusão entre agentes e manifestantes que resultou na detenção de uma pessoa, segundo Shelley Zimmerman.
As distintas mobilizações prévias ao discurso de Trump foram organizadas por organizações civis, principalmente grupos de defesa dos direitos dos imigrantes.
"É evidente que a comunidade fronteiriça está dando a ele (Trump) as boas-vindas que merece desde que iniciou sua campanha e se dedicou a agredir as comunidades latina, de imigrantes, mulheres, árabes", afirmou Christian Ramírez, diretor da Southern Border Communities Coalition ("Coalizão de Comunidades da Fronteira Sul", tradução livre), antes que os protestos se tornassem violentos.
O ativista opinou que a melhor arma da comunidade latina, além de alçar a voz, será comparecer às urnas, primeiro nas eleições primárias de 7 de junho, na Califórnia, e, posteriormente, no pleito geral de novembro.
"Devemos nos mobilizar não somente nas ruas, mas, mais importante ainda, nas urnas", afirmou Ramírez.
"Se antes havia dúvida de que o voto latino era importante, neste momento é fundamental que a comunidade vote para assegurar que iniciativas como as que este candidato (Trump) está promovendo não se transformem em realidade", acrescentou o ativista.
O diretor da organização Border Angels ("Anjos da Fronteira", em tradução livre), Enrique Morones, afirmou que é importante que a comunidade mostre sua inconformidade diante da retórica utilizada por Trump desde o início de sua campanha para a indicação presidencial republicana.
"É importante denunciar a mensagem de ódio de Donald Trump, normalmente (a este tipo de eventos) vem muita gente para apoiar um candidato e, neste caso, vem muita gente para dizer a este candidato que ele não é bem-vindo aqui", concluiu Morones.
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