Nove porta-vozes trabalhistas renunciam em protesto por liderança de Corbyn
(Atualiza o número de demissões e acrescenta dados)
Londres, 26 jun (EFE).- Nove porta-vozes do Partido Trabalhista britânico renunciaram neste domingo em protesto pela falta de liderança de Jeremy Corbyn, uma iniciativa que evidencia a crise na principal formação opositora do Reino Unido após o "Brexit" decidido nas urnas.
As renúncias, ocorridas de forma arrumada nas últimas horas, se somam à saída da porta-voz das Relações Exteriores, Hilary Benn, que foi destituída ontem à noite pelo líder após confirmar que promovia um golpe interno.
Os deputados que renunciaram são as porta-vozes de Saúde, Heidi Alexander; Educação, Lucy Powell; de Meio ambiente, Kerry McCarthy; Transporte, Lilian Greenwood; o porta-voz para a Escócia, Ian Murray; de Justiça, Charles Falconer; para a Irlanda do Norte, Vernon Coaker, e as responsáveis do Tesouro, Seema Malhotra e de Juventude, Gloria de Piero.
Já entre os defensores do líder, eleito em setembro com o apoio arrasador das bases trabalhistas, estão o porta-voz de Economia, John McDonnell, e a titular de Cooperação Internacional, Diane Abbott, velhos aliados do dirigente social-democrata.
O porta-voz de Interior, Andy Burnham, disse também que não pensa participar de um golpe porque "não faz sentido entrar em uma guerra civil" quando o país está imerso na incerteza após o voto favorável ao "Brexit".
McDonnell insistiu que Corbyn não vai renunciar e advertiu que, se os deputados rebeldes forçarem outra disputa pela liderança, voltará a concorrer e possivelmente a ganhar, pois tem o apoio da militância.
Corbyn, de 66 anos e que defende um programa contra a austeridade, conta além disso com o apoio dos principais sindicatos do país, que pediram ao partido que se una em torno do líder para lutar contra o dividido governo conservador, e de muitos eleitores, que hoje se manifestaram a seu favor.
Os deputados demissionários acusam Jeremy Corbyn de ter tido um pobre papel na campanha do referendo sobre a UE, apesar de questionarem sua liderança desde que foi eleito em setembro com o apoio popular, mas sem a confiança do grupo parlamentar, politicamente mais à direita.
O grupo de deputados trabalhistas debaterá na segunda-feira uma moção de confiança a Corbyn apresentada por dUAs deputadas, e seguramente na terça-feira será realizada uma votação secreta entre os parlamentares, embora o resultado não seja vinculativo.
Segundo as normas da formação, pode ser convocado outra escolha pela liderança se pelo menos 50 deputados apoiarem um novo candidato.
O Partido Conservador está imerso também em um conflito interno pela sucessão do primeiro-ministro e líder "tory", David Cameron, que na sexta-feira anunciou sua renúncia após o voto favorável à saída da UE no referendo de 23 de junho.
Segundo a imprensa, na próxima semana se oferecerá para este cargo o ex-prefeito de Londres e líder de fato da campanha do "Brexit", Boris Johnson, que conta com o apoio das bases mas é por outro lado uma figura divisória dentro do grupo parlamentar conservador.
Londres, 26 jun (EFE).- Nove porta-vozes do Partido Trabalhista britânico renunciaram neste domingo em protesto pela falta de liderança de Jeremy Corbyn, uma iniciativa que evidencia a crise na principal formação opositora do Reino Unido após o "Brexit" decidido nas urnas.
As renúncias, ocorridas de forma arrumada nas últimas horas, se somam à saída da porta-voz das Relações Exteriores, Hilary Benn, que foi destituída ontem à noite pelo líder após confirmar que promovia um golpe interno.
Os deputados que renunciaram são as porta-vozes de Saúde, Heidi Alexander; Educação, Lucy Powell; de Meio ambiente, Kerry McCarthy; Transporte, Lilian Greenwood; o porta-voz para a Escócia, Ian Murray; de Justiça, Charles Falconer; para a Irlanda do Norte, Vernon Coaker, e as responsáveis do Tesouro, Seema Malhotra e de Juventude, Gloria de Piero.
Já entre os defensores do líder, eleito em setembro com o apoio arrasador das bases trabalhistas, estão o porta-voz de Economia, John McDonnell, e a titular de Cooperação Internacional, Diane Abbott, velhos aliados do dirigente social-democrata.
O porta-voz de Interior, Andy Burnham, disse também que não pensa participar de um golpe porque "não faz sentido entrar em uma guerra civil" quando o país está imerso na incerteza após o voto favorável ao "Brexit".
McDonnell insistiu que Corbyn não vai renunciar e advertiu que, se os deputados rebeldes forçarem outra disputa pela liderança, voltará a concorrer e possivelmente a ganhar, pois tem o apoio da militância.
Corbyn, de 66 anos e que defende um programa contra a austeridade, conta além disso com o apoio dos principais sindicatos do país, que pediram ao partido que se una em torno do líder para lutar contra o dividido governo conservador, e de muitos eleitores, que hoje se manifestaram a seu favor.
Os deputados demissionários acusam Jeremy Corbyn de ter tido um pobre papel na campanha do referendo sobre a UE, apesar de questionarem sua liderança desde que foi eleito em setembro com o apoio popular, mas sem a confiança do grupo parlamentar, politicamente mais à direita.
O grupo de deputados trabalhistas debaterá na segunda-feira uma moção de confiança a Corbyn apresentada por dUAs deputadas, e seguramente na terça-feira será realizada uma votação secreta entre os parlamentares, embora o resultado não seja vinculativo.
Segundo as normas da formação, pode ser convocado outra escolha pela liderança se pelo menos 50 deputados apoiarem um novo candidato.
O Partido Conservador está imerso também em um conflito interno pela sucessão do primeiro-ministro e líder "tory", David Cameron, que na sexta-feira anunciou sua renúncia após o voto favorável à saída da UE no referendo de 23 de junho.
Segundo a imprensa, na próxima semana se oferecerá para este cargo o ex-prefeito de Londres e líder de fato da campanha do "Brexit", Boris Johnson, que conta com o apoio das bases mas é por outro lado uma figura divisória dentro do grupo parlamentar conservador.
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