Em Gaza, Ban Ki-moon diz que bloqueio israelense é "castigo coletivo"
Gaza, 28 jun (EFE).- O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira a Israel para acabar com ao bloqueio israelense ao território palestino de Gaza, em vigor desde 2007, considerado por ele um "castigo coletivo".
"O bloqueio a Gaza asfixia seus residentes, destrói sua economia, é um castigo coletivo e impede as operações de reconstrução", disse ele em entrevista coletiva em uma escola da ONU em Gaza capital.
Ban visitou a Faixa hoje em uma viagem de despedida de israelenses e palestinos, a seis meses do encerramento de seus trabalhos à frente da ONU, mas não se reuniu com dirigentes do movimento islamita Hamas, que governa Gaza. Ele considerou que o bloqueio é um "castigo coletivo que deve terminar e pelo qual se devem exigir responsabilidades", e garantiu que a ONU sempre estará ao lado do povo de Gaza e é consciente das dificuldades vividas.
O secretário-geral quantificou em 70% o alcance da ajuda que a população da Faixa necessita, devido ao fato de quase a metade de seus jovens estarem desempregados, e destacou que a situação não pode continuar como está porque gera "frustração" que pode levar a "um aumento dos atos violentos".
"Devemos falar abertamente das inaceitáveis dificuldades que o povo de Gaza enfrenta pela humilhação, a ocupação e o bloqueio, assim como a divisão (do território palestino) entre essa Faixa e a Cisjordânia", especificou.
Sobre este último assunto, ele pediu aos palestinos a voltar a um Executivo unificado sob um governo democraticamente eleito e que assuma como seu o programa político da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), signatária dos acordos de paz de Oslo com Israel.
Ban aproveitou a ocasião para agradecer aos doadores os esforços em manter o dispositivo de assistência na faixa palestina, que se canaliza em projetos diretos e através da gestão de campos de refugiados da UNRWA, a agência para os refugiados palestinos. Ao todo, 90% das instalações escolares e médicas administradas por esta organização, e que foram danificadas na última guerra com Israel em 2014, foram já reconstruídas.
Ban, que visitou áreas do norte da Faixa à espera de reconstrução, avaliou que para manter a paz na região é também necessário trabalhar pelo desenvolvimento econômico, para elevar a qualidade de vida de seus residentes e criar oportunidades de emprego.
A comunidade internacional "tem uma grande responsabilidade de continuar trabalhando com continuidade e seriedade para alcançar a paz", e conseguir a solução de dois Estados como resposta ao histórico conflito do Oriente Médio.
O secretário-geral já retornou a Jerusalém para um encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e pela noite irá a Ramala para conversar ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, e seu primeiro-ministro, Rami Hamdallah.
"O bloqueio a Gaza asfixia seus residentes, destrói sua economia, é um castigo coletivo e impede as operações de reconstrução", disse ele em entrevista coletiva em uma escola da ONU em Gaza capital.
Ban visitou a Faixa hoje em uma viagem de despedida de israelenses e palestinos, a seis meses do encerramento de seus trabalhos à frente da ONU, mas não se reuniu com dirigentes do movimento islamita Hamas, que governa Gaza. Ele considerou que o bloqueio é um "castigo coletivo que deve terminar e pelo qual se devem exigir responsabilidades", e garantiu que a ONU sempre estará ao lado do povo de Gaza e é consciente das dificuldades vividas.
O secretário-geral quantificou em 70% o alcance da ajuda que a população da Faixa necessita, devido ao fato de quase a metade de seus jovens estarem desempregados, e destacou que a situação não pode continuar como está porque gera "frustração" que pode levar a "um aumento dos atos violentos".
"Devemos falar abertamente das inaceitáveis dificuldades que o povo de Gaza enfrenta pela humilhação, a ocupação e o bloqueio, assim como a divisão (do território palestino) entre essa Faixa e a Cisjordânia", especificou.
Sobre este último assunto, ele pediu aos palestinos a voltar a um Executivo unificado sob um governo democraticamente eleito e que assuma como seu o programa político da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), signatária dos acordos de paz de Oslo com Israel.
Ban aproveitou a ocasião para agradecer aos doadores os esforços em manter o dispositivo de assistência na faixa palestina, que se canaliza em projetos diretos e através da gestão de campos de refugiados da UNRWA, a agência para os refugiados palestinos. Ao todo, 90% das instalações escolares e médicas administradas por esta organização, e que foram danificadas na última guerra com Israel em 2014, foram já reconstruídas.
Ban, que visitou áreas do norte da Faixa à espera de reconstrução, avaliou que para manter a paz na região é também necessário trabalhar pelo desenvolvimento econômico, para elevar a qualidade de vida de seus residentes e criar oportunidades de emprego.
A comunidade internacional "tem uma grande responsabilidade de continuar trabalhando com continuidade e seriedade para alcançar a paz", e conseguir a solução de dois Estados como resposta ao histórico conflito do Oriente Médio.
O secretário-geral já retornou a Jerusalém para um encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e pela noite irá a Ramala para conversar ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, e seu primeiro-ministro, Rami Hamdallah.
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