Justiça francesa condena mais dois ex-políticos ruandeses por genocídio
Paris, 6 jul (EFE).- A Justiça da França condenou nesta quarta-feira à prisão perpétua dois antigos políticos ruandeses, Octavien Ngenzi e Tito Barahirwa, por sua participação no genocídio de tutsis na cidade de Kabarondo, no leste de Ruanda, em abril de 1994.
A sentença, que põe fim a dois meses de processo, lhes considerou culpados de genocídio e crimes contra a humanidade em um massacre que deixou, pelo menos, 800.000 vítimas mortais em poucas semanas, quando elementos hutus radicais se dedicaram a exterminar os tutsis e outros hutus moderados .
Este é o segundo de uma série de processos judiciais contra ruandeses acusados de genocídio instalados na França.
No primeiro, o Tribunal Criminal de Paris condenou em março de 2014 o ex-capitão hutu, Pascal Simbikangwa, a 25 anos de prisão.
A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) qualificou hoje de "histórica" essa segunda decisão judicial, resultado de um processo no qual testemunharam mais de 100 pessoas e no qual, em sua opinião, "os direitos da defesa foram respeitados".
Ngenzi e Barahirwa, segundo o comunicado, ocupavam postos estratégicos "da vida política e administrativa local do município de Kabarondo" no momento dos fatos.
O tribunal considerou hoje que os dois dirigiram e participaram de várias reuniões nas quais se coordenaram ataques contra a população civil tutsi, e que comandaram os ataques cometidos por milícias contra milhares de refugiados em um centro de saúde e em uma igreja.
A FIDH detalhou também que ambos foram considerados responsáveis por ter supervisionado massacres maciços na região e de ter formado e liderado milícias que mataram várias dezenas de civis da etnia tutsi.
"Esta sentença reconhece a responsabilidade penal desses dois homens por sua participação nesse episódio sanguinário da história de Ruanda", disse a ONG, que se constituiu como parte civil no julgamento, na nota na qual celebrou essa decisão.
A sentença, que põe fim a dois meses de processo, lhes considerou culpados de genocídio e crimes contra a humanidade em um massacre que deixou, pelo menos, 800.000 vítimas mortais em poucas semanas, quando elementos hutus radicais se dedicaram a exterminar os tutsis e outros hutus moderados .
Este é o segundo de uma série de processos judiciais contra ruandeses acusados de genocídio instalados na França.
No primeiro, o Tribunal Criminal de Paris condenou em março de 2014 o ex-capitão hutu, Pascal Simbikangwa, a 25 anos de prisão.
A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) qualificou hoje de "histórica" essa segunda decisão judicial, resultado de um processo no qual testemunharam mais de 100 pessoas e no qual, em sua opinião, "os direitos da defesa foram respeitados".
Ngenzi e Barahirwa, segundo o comunicado, ocupavam postos estratégicos "da vida política e administrativa local do município de Kabarondo" no momento dos fatos.
O tribunal considerou hoje que os dois dirigiram e participaram de várias reuniões nas quais se coordenaram ataques contra a população civil tutsi, e que comandaram os ataques cometidos por milícias contra milhares de refugiados em um centro de saúde e em uma igreja.
A FIDH detalhou também que ambos foram considerados responsáveis por ter supervisionado massacres maciços na região e de ter formado e liderado milícias que mataram várias dezenas de civis da etnia tutsi.
"Esta sentença reconhece a responsabilidade penal desses dois homens por sua participação nesse episódio sanguinário da história de Ruanda", disse a ONG, que se constituiu como parte civil no julgamento, na nota na qual celebrou essa decisão.
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