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EUA transferem detento para Itália; 78 presos seguem em Guantánamo

Lucas Jackson/Reuters
Imagem: Lucas Jackson/Reuters

Em Washington

10/07/2016 17h33

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou neste domingo a transferência de um detento da prisão da Base Naval de Guantánamo, em Cuba, para a Itália, dentro dos esforços do governo de Barack Obama para fechar esse presídio.

Agora são 78 os presos que permanecem na prisão para suspeitos de terrorismo que Obama prometeu fechar durante sua campanha eleitoral de 2008 e que está tentando enclausurar antes de deixar o poder em janeiro.

Trata-se da transferência do detento Fayiz Ahmad Yahia Suleiman, que já foi informada ao Congresso, segundo afirmou hoje o Pentágono em comunicado.

"Os Estados Unidos agradecem ao governo da Itália este gesto humanitário e sua vontade de apoiar os esforços para fechar o centro de detenção de Guantánamo", afirmou a nota.

"Os Estados Unidos se coordenarão com o governo da Itália para garantir que a transferência seja executada com a segurança apropriada e um tratamento humano", acrescentou.

Obama quer fechar prisão

O presidente dos EUA, Barack Obama, apresentou em fevereiro um plano para tentar fechar a prisão de Guantánamo por meio da transferência de entre 30 a 60 presos a território nacional e da libertação de outros, um objetivo que bateu de frente com a rejeição da oposição republicana no Congresso.

Além da reticência dos republicanos a julgar os presos em território americano, muitos legisladores temem que os detentos de Guantánamo se unam a grupos do terrorismo jihadista ao sair da prisão.

Apesar dos obstáculos, o governo de Obama acelerou este ano a transferência de prisioneiros a terceiros países e na prisão resta atualmente menos de 10% dos cerca de 800 presos que chegou a abrigar no início da década passada, a maioria deles sem acusações formais.