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EUA manterão apoio ao Afeganistão até conclusão de missão antiterrorista

12/07/2016 10h33

Cabul, 12 jul (EFE).- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, garantiu nesta terça-feira em Cabul que seu país manterá o apoio ao Afeganistão até a conclusão de sua missão em solo afegão, onde manterá cerca de 8,4 mil militares depois do fim do mandato do presidente americano, Barack Obama, em janeiro de 2017.

"Continuaremos trabalhando duro juntos para acabar a missão que começamos", declarou em entrevista coletiva acompanhado do presidente afegão, Ashraf Ghani, durante uma visita surpresa ao país asiático.

Carter ressaltou que sua visita, a terceira ao Afeganistão em menos de ano e meio no cargo, ocorre depois que seu país tenha tomado importantes decisões sobre sua missão antiterrorista e de assistência a tropas afegãs.

"Primeiro, aumentar os poderes do general (John) Nicholson", indicou em referência ao chefe das forças dos EUA no Afeganistão.

Os Estados Unidos decidiram, além disso, continuar com seu apoio financeiro ao país asiático e "manter uma presença mais substancial de forças americanas até 2017", recalcou o chefe do Pentágono.

Obama anunciou na semana passada que manterá cerca de 8,4 mil de seus atuais 9,8 mil militares no Afeganistão quando abandonar a Casa Branca em janeiro, frente aos 5,5 mil previstos inicialmente.

O titular da Defesa aterrissou na base militar americana de Bagram, cerca de 60 quilômetros de Cabul, e depois se transferiu à capital afegã para se reunir com o presidente Gani e o chefe de governo afegão, Abdullah Abdullah.

A visita acontece, além disso, depois que os líderes da Otan acordaram no fim de semana passado em Varsóvia manter em 2017 o mesmo volume de tropas, cerca de 12 mil, em sua missão de formação, assessoria e assistência das forças afegãs.

A Aliança acordou também continuar com o apoio financeiro de cerca de US$ 5 bilhões anuais até 2020 para as tropas do país asiático.

Desde que em 2014 terminou a missão aliada de combate no Afeganistão, os talibãs ganharam força no país e controlam já cerca de um terço do território afegão, segundo estimativas dos Estados Unidos.