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EUA afirmam que Rússia gosta de "interferir" na democracia de outros países

28/07/2016 17h40

Washington, 28 jul (EFE).- A Casa Branca afirmou nesta quinta-feira que a Rússia já tentou "interferir" várias vezes no processo democrático de outros países, declaração feita enquanto o FBI (polícia federal americana) investiga se o governo russo está por trás do vazamento dos e-mails do Partido Democrata em plena campanha eleitoral nos Estados Unidos.

"Vimos esforços para, pelo menos, interferir no processo democrático em outros países, inclusive na Europa. É uma tática que o presidente (Vladimir) Putin usou antes. A informação não só foi hackeada, mas divulgada. O que isso quer dizer sobre o autor ou seus motivos é algo que o FBI terá que avaliar", disse o porta-voz da presidência, Josh Earnest, em entrevista coletiva diária.

O FBI investiga o vazamento, feito pelo portal Wikileaks, de quase 20 mil e-mails do Partido Democrata, nos quais funcionários da formação falam de estratégias para derrotar Bernie Sanders, que enfrentou Hillary Clinton nas primárias pela candidatura presidencial democrata.

A campanha de Hillary disse ter informações de especialistas que apontam "atores estatais russos" como responsáveis pelo vazamento e que essa atitude tinha o objetivo de beneficiar o candidato republicano, Donald Trump, nas eleições de novembro nos EUA.

Por outro lado, Earnest se limitou a dizer que a política eleitoral não influencia em sua estratégia para responder aos ciberataques.

"Os Estados Unidos combatem as ameaças cibernéticas contra todos os americanos, independentemente do partido político ao qual pertençam", disse Earnest.

O porta-voz se negou a se pronunciar sobre os comentários de Trump, que sugeriu que a Rússia hackeie os e-mails de Hillary, e disse que deixará para outros a tarefa de "reagir às declarações controversas do candidato republicano".