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EI assassina 24 pessoas ao norte da cidade síria de Manbech

29/07/2016 08h16

Beirute, 29 jul (EFE).- Pelo menos 24 pessoas foram assassinadas pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) nas últimas 24 horas na cidade de Al Buir, ao norte da cidade síria de Manbech, na província de Aleppo, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG apontou que o EI realizou os assassinatos após invadir Al Buir, cerca de 10 quilômetros ao norte de Manbech, e dominar o local.

O EI, fustigado pela coalizão curdo-árabe Forças da Síria Democrática (FSD) em Manbech, lançou uma contra-ofensiva em áreas ao norte desta população e conseguiu tomar o controle de várias localidades como Al Buir, Qart, Al Yamusia e Qatuiran.

O Observatório destacou que pelo menos 4.357 pessoas morreram na Síria assassinadas pelo EI desde a proclamação de um califado por parte dos radicais em 29 de junho de 2014.

Entre esses mortos há pelo menos 2.350 civis -85 menores de idade e 130 mulheres-, que foram decapitados, mortos por disparos ou lançados desde o alto de edifícios pelos jihadistas por diversas acusações.

O EI também matou neste tempo 325 combatentes de facções rebeldes, da Frente al Nusra e das Unidades de Proteção do Povo, milícias curdo-sírias, que capturou em combates ou em postos de controle.

Além disso, pelo menos 1.182 prisioneiros do EI que pertenciam às forças governamentais sírias ou a milícias aliadas ao governo de Damasco perderam a vida pelas mãos dos extremistas.

A estes mortos se somam três desertores do regime, que não se uniram a nenhuma facção opositora, mas que foram assassinados por disparos pelos radicais, que os acusaram de "apostasia".

A apuração do Observatório inclui, além disso, 482 integrantes do EI que morreram assassinados por companheiros por supostamente espionar para países estrangeiros, trabalhar para "a coalizão cruzada" (em referência à coalizão internacional) ou tentar escapar da Síria.

Outra vítima dos jihadistas é um policial que tinha desertado e se tinha unido aos corpos de segurança do EI e que mais tarde foi assassinado pelos extremistas por "não ter se arrependido" de seu passado.

Além disso, há sete pessoas, entre elas um menor, que foram executadas extrajudicialmente pelos radicais por serem supostos membros das Forças de Defesa Nacional -milícias pró-governo- e por ter lutado contra o EI.

O Observatório acrescentou que também foi achado o corpo de uma pessoa em um quartel do EI na cidade de Al Tal, na periferia de Damasco, algemado e com sinais de ter sido torturado.

Por último, há cinco iraquianos que foram decapitados pelos jihadistas na cidade síria de Albukamal, fronteiriça com o Iraque, e um ex-combatente do EI que foi capturado após deixar o grupo e cujo corpo foi entregue a sua família com o cartaz "assassino do Estado Islâmico e queimou veículos de EI".