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Papa Francisco visita campo de extermínio de Auschwitz

Em Auschwitz (Polônia)

29/07/2016 05h13

O papa Francisco chegou nesta sexta-feira ao campo de concentração nazista de Auschwitz e atravessou sua entrada sob a inscrição em ferro forjado "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta) para começar seu percurso silencioso pelo lugar onde foram exterminadas mais de um milhão de pessoas.

Em sua chegada, às 9h19 hora local (4h17 horário de Brasília), foi recebido pelo diretor do museu do campo e depois foi levado em um pequeno carro elétrico ao bloco 11, onde se encontram as celas subterrâneas onde ficavam os prisioneiros para que morressem de fome e sede.

Ali ele parou para rezar no pátio onde eram chamados os condenados à morte e onde o sacerdote polonês Maximiliano Kolbe se ofereceu para morrer em troca de um pai de família.

Francisco vai se reunir com dez sobreviventes de Auschwitz, entre eles uma mulher de 101 anos, que recebeu recentemente um jovem que está na Polônia para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O papa também vai descer na cela onde Kolbe - beatificado por Paulo VI em 1971 e canonizado por João Paulo II em 1982 - foi preso com o objetivo de morrer com fome e sede, para um momento de recolhimento, no dia em que celebra o 75º aniversário do gesto do sacerdote polonês.

As únicas palavras do pontífice neste lugar do horror serão as que deixará escritas no livro de Honra.

Em frente ao muro da morte, onde eram executadas aquelas pessoas, Francisco acenderá uma lâmpada a óleo para homenagear as vítimas e que ficará como um presente de Francisco a este lugar.

Depois ele seguirá até o campo de Birkenau, o "Auschwitz 2", construído a uns três quilômetros de distância para que Hitler realizasse a chamada "solução final" com a qual pretendia exterminar todos os judeus.

O papa passará diante das lápides de mármore com inscrições nos 23 idiomas dos prisioneiros, onde colocará uma vela acesa e se reunirá com 25 Justos das nações, como se denomina a aqueles que se esforçaram por deter o Holocausto e salvar os judeus, enquanto um rabino entoará o salmo 130.