Amatrice, uma cidade devastada e literalmente dividida em duas pelo terremoto
Laura Serrano-Conde.
Amatrice (Itália), 24 ago (EFE).- Pequena cidade do centro da Itália, Amatrice ficou completamente destruída e literalmente dividida em duas após o terremoto da madrugada desta quarta-feira que atingiu uma magnitude de 6 graus na escala Richter.
Sete anos após o terremoto de L'Aquila, que matou cerca de 300 pessoas, a Itália voltou a lembrar hoje como a terra treme. A Defesa Civil informou que até o momento foram contabilizados 120 mortos, sendo 86 deles na região de Lácio, na qual está Amatrice, um dos locais mais afetados pelo tremor. Outras 34 vítimas foram registradas na região de Marcas.
Com cerca de 2 mil habitantes, Amatrice agora concentra seus esforços no resgate de possíveis sobreviventes. Tristeza e desolação foram alguns dos sentimentos mais fortes no povoado durante esta quarta-feira após moradores serem desalojados ou, no caso dos feridos, transferidos a hospitais de regiões próximas.
Apesar da destruição, ainda permanecem na cidade moradores que se negam a abandonar seus lares após o terremoto: pessoas que externam o desespero, que se consolam mutuamente, que choram e mostram um olhar perdido pelas ruas.
Muitos ainda sofrem sobre os restos de suas antigas casas ou rodas de carros esmagados pelos escombros, incrédulos do que viveram nas últimas horas.
Entre aqueles que não acreditavam na destruição estava um idoso que permanecia sentado no começo da manhã em uma cadeira de sua casa, cercado de escombros, mesmo com a ordem de evacuação dada pelas autoridades após ser constatado o risco de desabamento do edifício.
Uma freira que trabalhava em um asilo relatou à Agência Efe o susto que levou quando acordou com o terremoto durante a madrugada. Ela conta que despertou com o barulho da queda de seu armário e imediatamente decidiu se esconder debaixo da cama, porque era "o que tinha ouvido que deve ser feito nesses casos".
A freira contou que outras três pessoas salvaram-se com ela, enquanto outras três freiras e quatro idosas morreram na tragédia.
Os esforços das autoridades estão concentrados desde a manhã na retirada dos escombros e no resgate dos possíveis sobreviventes. Membros da Defesa Civil, do Exército, da Polícia e médicos dedicam-se também a limpar a cidade, que literalmente ficou dividida em duas.
Foram organizados três focos de trabalho de busca e resgate, onde escavadeiras trabalham cuidadosamente na retirada dos destroços. Além disso, a Polícia vasculha constantemente cada rua da cidade com cachorros especializados em encontrar corpos e, em diversas ocasiões, pedem silêncio para que seja possível escutar gritos de pessoas presas nos escombros.
O prefeito do município, Sergio Pirozzi, lamentou o tamanho dos danos e disse que metade da cidade simplesmente desapareceu. Ainda não existem números definitivos, mas existe o temor de que existam mais de 50 mortos, embora duas pessoas tenham sido retiradas de escombros durante a manhã.
Carros cobertos por escombros, edifícios completamente destruídos, muita poeira nas ruas: essa é a atmosfera desoladora que envolve atualmente o município de Amatrice. A tragédia é tão considerável que a Polícia já adiantou à Efe que os trabalhos de busca de desaparecidos continuarão durante os próximos dias.
Por questões de segurança e para facilitar os trabalhos de socorro e a passagem de ambulâncias, os acessos por estrada ao pequeno povoado situado em uma colina foram restritos pelas autoridades.
Além do centro histórico completamente devastado, os danos também atingiram os arredores do povoado, com grandes fendas abertas nas estradas.
Segundo o Instituto de Geofísica e Vulcanologia da Itália, o terremoto aconteceu às 3h36 do horário local (22h36 de terça no horário de Brasília) e atingiu magnitude de 6 graus na escala Richter.
O tremor foi seguido por réplicas também sentidas de forma considerável em Roma, também no centro da Itália, e em Nápoles, no sul do país. Os municípios mais afetados foram Amatrice, Accumoli, Pescara del Tronto e Arquata del Tronto, onde foram registradas vítimas e danos materiais mais graves.
Amatrice (Itália), 24 ago (EFE).- Pequena cidade do centro da Itália, Amatrice ficou completamente destruída e literalmente dividida em duas após o terremoto da madrugada desta quarta-feira que atingiu uma magnitude de 6 graus na escala Richter.
Sete anos após o terremoto de L'Aquila, que matou cerca de 300 pessoas, a Itália voltou a lembrar hoje como a terra treme. A Defesa Civil informou que até o momento foram contabilizados 120 mortos, sendo 86 deles na região de Lácio, na qual está Amatrice, um dos locais mais afetados pelo tremor. Outras 34 vítimas foram registradas na região de Marcas.
Com cerca de 2 mil habitantes, Amatrice agora concentra seus esforços no resgate de possíveis sobreviventes. Tristeza e desolação foram alguns dos sentimentos mais fortes no povoado durante esta quarta-feira após moradores serem desalojados ou, no caso dos feridos, transferidos a hospitais de regiões próximas.
Apesar da destruição, ainda permanecem na cidade moradores que se negam a abandonar seus lares após o terremoto: pessoas que externam o desespero, que se consolam mutuamente, que choram e mostram um olhar perdido pelas ruas.
Muitos ainda sofrem sobre os restos de suas antigas casas ou rodas de carros esmagados pelos escombros, incrédulos do que viveram nas últimas horas.
Entre aqueles que não acreditavam na destruição estava um idoso que permanecia sentado no começo da manhã em uma cadeira de sua casa, cercado de escombros, mesmo com a ordem de evacuação dada pelas autoridades após ser constatado o risco de desabamento do edifício.
Uma freira que trabalhava em um asilo relatou à Agência Efe o susto que levou quando acordou com o terremoto durante a madrugada. Ela conta que despertou com o barulho da queda de seu armário e imediatamente decidiu se esconder debaixo da cama, porque era "o que tinha ouvido que deve ser feito nesses casos".
A freira contou que outras três pessoas salvaram-se com ela, enquanto outras três freiras e quatro idosas morreram na tragédia.
Os esforços das autoridades estão concentrados desde a manhã na retirada dos escombros e no resgate dos possíveis sobreviventes. Membros da Defesa Civil, do Exército, da Polícia e médicos dedicam-se também a limpar a cidade, que literalmente ficou dividida em duas.
Foram organizados três focos de trabalho de busca e resgate, onde escavadeiras trabalham cuidadosamente na retirada dos destroços. Além disso, a Polícia vasculha constantemente cada rua da cidade com cachorros especializados em encontrar corpos e, em diversas ocasiões, pedem silêncio para que seja possível escutar gritos de pessoas presas nos escombros.
O prefeito do município, Sergio Pirozzi, lamentou o tamanho dos danos e disse que metade da cidade simplesmente desapareceu. Ainda não existem números definitivos, mas existe o temor de que existam mais de 50 mortos, embora duas pessoas tenham sido retiradas de escombros durante a manhã.
Carros cobertos por escombros, edifícios completamente destruídos, muita poeira nas ruas: essa é a atmosfera desoladora que envolve atualmente o município de Amatrice. A tragédia é tão considerável que a Polícia já adiantou à Efe que os trabalhos de busca de desaparecidos continuarão durante os próximos dias.
Por questões de segurança e para facilitar os trabalhos de socorro e a passagem de ambulâncias, os acessos por estrada ao pequeno povoado situado em uma colina foram restritos pelas autoridades.
Além do centro histórico completamente devastado, os danos também atingiram os arredores do povoado, com grandes fendas abertas nas estradas.
Segundo o Instituto de Geofísica e Vulcanologia da Itália, o terremoto aconteceu às 3h36 do horário local (22h36 de terça no horário de Brasília) e atingiu magnitude de 6 graus na escala Richter.
O tremor foi seguido por réplicas também sentidas de forma considerável em Roma, também no centro da Itália, e em Nápoles, no sul do país. Os municípios mais afetados foram Amatrice, Accumoli, Pescara del Tronto e Arquata del Tronto, onde foram registradas vítimas e danos materiais mais graves.
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