Vice-presidente da Colômbia diz que derrotará as Farc nas urnas
Bogotá, 28 ago (EFE).- O vice-presidente da Colômbia, Germán Vargas Lleras, disse que buscará derrotar nas urnas o movimento político que surgir a partir das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), como consequência do acordo de paz de Havana.
Vargas Lleras, que até os últimos dias tinha feito silêncio sobre os diálogos de paz, o que gerou várias críticas por não ter apoiado abertamente ao processo, disse à revista "Semana" que votará "sim" no plebiscito convocado para o dia 2 de outubro para que os cidadãos colombianos validem o pacto firmado com a guerrilha.
Segundo o vice-presidente do país, a opção pelo "sim" foi tomada porque a Colômbia poderá "encerrar para sempre este terrível capítulo de sua história", apesar das "observações feitas" e das "compreensíveis preocupações sobre a regulamentação do acordo".
"Mas, no que diz respeito a mim, irei à próxima campanha enfrentá-los em praça pública e derrotá-los com os mecanismos da democracia", afirmou Vargas Llera.
O vice-presidente avaliou que uma coisa é recuperar a paz aceitando os sacrifícios que o acordo impõe. Outra é que isso seja, como alguns sonham, o "preâmbulo de entregar o governo às Farc".
"Que bom que seja nas urnas onde teremos agora a oportunidade de derrotar as Farc", afirmou o vice-presidente, citando o fato de o acordo prever a desmobilização da guerrilha para que se transforme em um movimento político no país.
Em virtude do pacto, as Farc terão até 2018 porta-vozes sem voto no Congresso. A partir deste ano, nas duas eleições seguintes, poderão ter candidatos e ainda terão uma representatividade garantida - cinco senadores e cinco deputados - caso não consigam superar a cláusula de barreira para eleger nomes no Congresso.
Vargas Llegas, que, segundo analistas políticos, será o candidato a ser batido nas eleições presidenciais de 2018, considera, no entanto, o acordo firmado em Cuba como um "êxito inquestionável do presidente Juan Manuel Santos que os colombianos de hoje e do futuro reconhecerão". "Um novo fracasso teria sido devastador", explicou.
No entanto, o vice-presidente afirmou estar preocupado com as amplas competências que terá a Jurisdição Especial para a Paz, que julgará os crimes cometidos no conflito armado. Para eles, elas são "excessivas" e podem substituir a Justiça comum no país.
Com relação às críticas por não ter opinado sobre os diálogos de paz ao longo dos quatro anos de negociação, Vargas Lleras disse que teria se manifestado se não tivesse de acordo com o processo.
O vice-presidente disse que a paz não está entre as funções específicas que Santos o encarregou de cuidar, assim como tantos outros setores do governo. "Ou alguém me viu opinar sobre saúde, emprego, agricultura, relações exteriores, comércio e indústria?", questionou.
Vargas Lleras, que até os últimos dias tinha feito silêncio sobre os diálogos de paz, o que gerou várias críticas por não ter apoiado abertamente ao processo, disse à revista "Semana" que votará "sim" no plebiscito convocado para o dia 2 de outubro para que os cidadãos colombianos validem o pacto firmado com a guerrilha.
Segundo o vice-presidente do país, a opção pelo "sim" foi tomada porque a Colômbia poderá "encerrar para sempre este terrível capítulo de sua história", apesar das "observações feitas" e das "compreensíveis preocupações sobre a regulamentação do acordo".
"Mas, no que diz respeito a mim, irei à próxima campanha enfrentá-los em praça pública e derrotá-los com os mecanismos da democracia", afirmou Vargas Llera.
O vice-presidente avaliou que uma coisa é recuperar a paz aceitando os sacrifícios que o acordo impõe. Outra é que isso seja, como alguns sonham, o "preâmbulo de entregar o governo às Farc".
"Que bom que seja nas urnas onde teremos agora a oportunidade de derrotar as Farc", afirmou o vice-presidente, citando o fato de o acordo prever a desmobilização da guerrilha para que se transforme em um movimento político no país.
Em virtude do pacto, as Farc terão até 2018 porta-vozes sem voto no Congresso. A partir deste ano, nas duas eleições seguintes, poderão ter candidatos e ainda terão uma representatividade garantida - cinco senadores e cinco deputados - caso não consigam superar a cláusula de barreira para eleger nomes no Congresso.
Vargas Llegas, que, segundo analistas políticos, será o candidato a ser batido nas eleições presidenciais de 2018, considera, no entanto, o acordo firmado em Cuba como um "êxito inquestionável do presidente Juan Manuel Santos que os colombianos de hoje e do futuro reconhecerão". "Um novo fracasso teria sido devastador", explicou.
No entanto, o vice-presidente afirmou estar preocupado com as amplas competências que terá a Jurisdição Especial para a Paz, que julgará os crimes cometidos no conflito armado. Para eles, elas são "excessivas" e podem substituir a Justiça comum no país.
Com relação às críticas por não ter opinado sobre os diálogos de paz ao longo dos quatro anos de negociação, Vargas Lleras disse que teria se manifestado se não tivesse de acordo com o processo.
O vice-presidente disse que a paz não está entre as funções específicas que Santos o encarregou de cuidar, assim como tantos outros setores do governo. "Ou alguém me viu opinar sobre saúde, emprego, agricultura, relações exteriores, comércio e indústria?", questionou.
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