Rússia acusa EUA de protegerem grupos extremistas na Síria
Londres, 30 set (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou nesta sexta-feira os Estados Unidos de evitarem atacar posições na Síria do grupo extremista Frente da Conquista do Levante, a antiga Frente al Nusra.
"Temos cada vez mais razões para crer que, desde o princípio, o plano (dos Estados Unidos) era proteger a (Frente) al Nusra. Era preservar esse grupo, por via das dúvidas, para um 'plano B' ou para uma segunda etapa, quando for o momento de mudar o regime" sírio, afirmou Lavrov em uma entrevista à emissora britânica "BBC".
Depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou ontem os "bárbaros" ataques russos e sírios sobre Aleppo, que mataram cerca de 400 civis nos últimos dias, o chefe da diplomacia de Moscou disse que seu exército toma "as mais extremas precauções para não atingir civis".
"Se isso ocorre, lamentamos muito, mas precisamos investigar cada uma das acusações separadamente", afirmou o diplomata, que garantiu que seus efetivos na Síria não estão utilizando "nenhuma munição proibida pelas Nações Unidas".
"Em Aleppo, todo o problema está basicamente no fato de os Estados Unidos e a coalizão liderada por eles não conseguirem separar as posições de seus aliados das da Frente al Nusra e de outros terroristas que se uniram a esse grupo", afirmou Lavrov.
O diplomata russo lamentou que, todas as vezes que as forças de seu país atacam posições da Frente da Conquista do Levante, recebem queixas por parte de Washington porque "há boa gente perto ou bem na mesma posição" dos terroristas.
"É um círculo vicioso. Não podemos lutar contra os terroristas se não entrarmos em um acordo de que todos os que querem ser parte da solução para o fim das hostilidades saiam das posições ocupadas por eles (os terroristas)", afirmou o ministro das Relações Exteriores russo.
Lavrov garantiu que conversa diariamente com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e que lhe transmite em cada uma de suas conversas o mesmo "problema".
"Desde o princípio, propusemos à coalizão liderada pelos Estados Unidos coordenar essas operações e separar as posições que cooperam com a coalizão das da Frente al Nusra, do Estado Islâmico e de outros grupos terroristas", afirmou o chanceler russo.
"Apesar das reiteradas promessas e compromissos, eles (EUA) ainda não são capazes, ou não têm a vontade de fazê-lo", lamentou o diplomata russo.
Por causa dos últimos ataques russos com vítimas civis, os Estados Unidos ameaçaram suspender sua cooperação bilateral com Moscou na Síria e Kerry afirmou que Washington está "a ponto" de buscar uma alternativa a essa frente comum para pôr fim ao conflito sírio.
"Temos cada vez mais razões para crer que, desde o princípio, o plano (dos Estados Unidos) era proteger a (Frente) al Nusra. Era preservar esse grupo, por via das dúvidas, para um 'plano B' ou para uma segunda etapa, quando for o momento de mudar o regime" sírio, afirmou Lavrov em uma entrevista à emissora britânica "BBC".
Depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou ontem os "bárbaros" ataques russos e sírios sobre Aleppo, que mataram cerca de 400 civis nos últimos dias, o chefe da diplomacia de Moscou disse que seu exército toma "as mais extremas precauções para não atingir civis".
"Se isso ocorre, lamentamos muito, mas precisamos investigar cada uma das acusações separadamente", afirmou o diplomata, que garantiu que seus efetivos na Síria não estão utilizando "nenhuma munição proibida pelas Nações Unidas".
"Em Aleppo, todo o problema está basicamente no fato de os Estados Unidos e a coalizão liderada por eles não conseguirem separar as posições de seus aliados das da Frente al Nusra e de outros terroristas que se uniram a esse grupo", afirmou Lavrov.
O diplomata russo lamentou que, todas as vezes que as forças de seu país atacam posições da Frente da Conquista do Levante, recebem queixas por parte de Washington porque "há boa gente perto ou bem na mesma posição" dos terroristas.
"É um círculo vicioso. Não podemos lutar contra os terroristas se não entrarmos em um acordo de que todos os que querem ser parte da solução para o fim das hostilidades saiam das posições ocupadas por eles (os terroristas)", afirmou o ministro das Relações Exteriores russo.
Lavrov garantiu que conversa diariamente com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e que lhe transmite em cada uma de suas conversas o mesmo "problema".
"Desde o princípio, propusemos à coalizão liderada pelos Estados Unidos coordenar essas operações e separar as posições que cooperam com a coalizão das da Frente al Nusra, do Estado Islâmico e de outros grupos terroristas", afirmou o chanceler russo.
"Apesar das reiteradas promessas e compromissos, eles (EUA) ainda não são capazes, ou não têm a vontade de fazê-lo", lamentou o diplomata russo.
Por causa dos últimos ataques russos com vítimas civis, os Estados Unidos ameaçaram suspender sua cooperação bilateral com Moscou na Síria e Kerry afirmou que Washington está "a ponto" de buscar uma alternativa a essa frente comum para pôr fim ao conflito sírio.
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