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Ataque do Al Shabab contra base militar deixa ao menos 10 mortos na Somália

25/10/2016 10h23

Mogadíscio, 25 out (EFE).- Pelo menos dez pessoas morreram nesta terça-feira e outras 12 ficaram feridas em um ataque do grupo jihadista Al Shabab contra uma base militar da União Africana na Somália (Amisom), em Baladweyne, no centro do país africano, informou a imprensa local.

O ataque, confirmado pela Amisom, aconteceu por volta das 12h locais (7h de Brasília) quando terroristas detonaram vários explosivos na entrada do recinto e, posteriormente, entraram em confronto com os soldados.

Entre os dez mortos estão pelo menos quatro soldados, embora também pode haver vários civis entre as vítimas, afirmaram fontes policiais ao portal de notícias local "Shabelle".

A missão da União Africana (UA) explicou através de sua conta oficial no Twitter que a situação está agora "sob controle" após a chegada de reforços de outras bases próximas e que "todos os terroristas" envolvidos no ataque morreram.

Fontes do Al Shabab, que reivindicou o atentado, afirmaram através da emissora "Andalus", ligada aos radicais, que "muitos soldados" morreram na ofensiva.

Trata-se do segundo ataque realizado hoje pelos jihadistas somalis, depois de pelo menos 12 pessoas terem morrido em um ataque contra um hotel da cidade de Mandera, no norte do Quênia e muito perto da fronteira com a Somália.

Quênia, Uganda, Burundi, Etiópia e Djibuti mantêm tropas no país dentro da missão da UA, que conta com 22 mil soldados apoiados por forças especiais e assessores de países ocidentais.

Nos últimos meses, os jihadistas optaram por uma estratégia de confronto direto e lançaram vários ataques contra bases militares de Amisom e mataram centenas de soldados. Além disso, também cometeram vários ataques contra hotéis e restaurantes da capital, ameaçaram intensificar os ataques no país, onde está prevista a realização das eleições presidenciais, adiadas várias vezes, no dia 30 de novembro.

A milícia islamita luta em derrubar o governo e instaurar um estado islâmico de orientação wahhabista na Somália, onde controla grandes extensões de território no sul e no centro do país, apesar de ter sofrido grandes perdas no último ano.