Lavrov descarta nova Guerra Fria e desejo da Rússia de debilitar a UE
Moscou, 25 out (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, descartou nesta terça-feira a hipótese de uma nova Guerra Fria e que Moscou tenha o desejo de debilitar a União Europeia (UE) durante reunião com empresários europeus.
"Não temos contradições ideológicas que façam inevitável uma Guerra Fria. A democracia e o livre mercado são aceitas por ambas as partes", disse Lavrov, citado por veículos da imprensa local.
"Não pode haver justificativa para o que chamam de democratização a qualquer preço: destruição de sociedade, desprezo de suas tradições, sua cultura e seus valores. A Rússia vai dar um verniz de ideologia a suas posturas. Sempre estaremos dispostos ao diálogo sincero e mutuamente beneficente para superar os problemas, que surgiram não por nossa culpa", ressaltou.
Lavrov se mostrou surpresou pelas recentes declarações do presidente da Comissão Europeia, Donald Tusk, que disse que o principal objetivo da Rússia é "debilitar a UE".
"Não pode haver nada mais longe da verdade que ditas declarações infundadas. Dissemos e demonstramos em várias ocasiões que queremos ver uma UE forte, unida e autônoma", destacou.
O chanceler expressou confiança de que essa postura não seja apoiada pelos países-membros da UE, já que representa uma mostra de "russofobia" e repercutirá "negativamente" na cooperação, especialmente no plano comercial.
Entre outras coisas, Tusk acusou a Rússia de lançar uma campanha de desinformação e cibertaques, de ingerência nos processo políticos dos 28 países-membros do bloco e de violação do espaço aéreo da UE.
O chefe da diplomacia do Kremlin também criticou a Alemanha pela decisão de abandonar o pragmatismo tradicional nas relações com a Rússia e dar prioridade à política sobre a economia.
Lavrov defendeu um aprofundamento da cooperação entre a União Econômica Eurasiática liderada pela Rússia e a União Europeia, lembrando que as propostas já foram enviadas a Bruxelas.
Além disso, alertou que o Turkish Stream, o gasoduto acertado pela Rússia e Turquia através do Mar Negro, não será prolongado até a fronteira com a UE se Moscou não receber garantias por escrito.
"A curto prazo, os países da UE dificilmente poderão viver sem os hidrocarbonetos russos", indicou.
O chanceler russo também chamou de "cínico" e "indecente" impor agora novas sanções contra a Rússia pelos bombardeios contra a cidade síria de Aleppo, classificados de "crime de guerra" pelos países ocidentais.
Lavrov destacou que o Kremlin responderá sem titubear caso os Estados Unidos adotem novas sanções, apesar de informar que na conversa que realizou ontem o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se disse muito interessado em cooperar com a Rússia na Síria.
"Não temos contradições ideológicas que façam inevitável uma Guerra Fria. A democracia e o livre mercado são aceitas por ambas as partes", disse Lavrov, citado por veículos da imprensa local.
"Não pode haver justificativa para o que chamam de democratização a qualquer preço: destruição de sociedade, desprezo de suas tradições, sua cultura e seus valores. A Rússia vai dar um verniz de ideologia a suas posturas. Sempre estaremos dispostos ao diálogo sincero e mutuamente beneficente para superar os problemas, que surgiram não por nossa culpa", ressaltou.
Lavrov se mostrou surpresou pelas recentes declarações do presidente da Comissão Europeia, Donald Tusk, que disse que o principal objetivo da Rússia é "debilitar a UE".
"Não pode haver nada mais longe da verdade que ditas declarações infundadas. Dissemos e demonstramos em várias ocasiões que queremos ver uma UE forte, unida e autônoma", destacou.
O chanceler expressou confiança de que essa postura não seja apoiada pelos países-membros da UE, já que representa uma mostra de "russofobia" e repercutirá "negativamente" na cooperação, especialmente no plano comercial.
Entre outras coisas, Tusk acusou a Rússia de lançar uma campanha de desinformação e cibertaques, de ingerência nos processo políticos dos 28 países-membros do bloco e de violação do espaço aéreo da UE.
O chefe da diplomacia do Kremlin também criticou a Alemanha pela decisão de abandonar o pragmatismo tradicional nas relações com a Rússia e dar prioridade à política sobre a economia.
Lavrov defendeu um aprofundamento da cooperação entre a União Econômica Eurasiática liderada pela Rússia e a União Europeia, lembrando que as propostas já foram enviadas a Bruxelas.
Além disso, alertou que o Turkish Stream, o gasoduto acertado pela Rússia e Turquia através do Mar Negro, não será prolongado até a fronteira com a UE se Moscou não receber garantias por escrito.
"A curto prazo, os países da UE dificilmente poderão viver sem os hidrocarbonetos russos", indicou.
O chanceler russo também chamou de "cínico" e "indecente" impor agora novas sanções contra a Rússia pelos bombardeios contra a cidade síria de Aleppo, classificados de "crime de guerra" pelos países ocidentais.
Lavrov destacou que o Kremlin responderá sem titubear caso os Estados Unidos adotem novas sanções, apesar de informar que na conversa que realizou ontem o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se disse muito interessado em cooperar com a Rússia na Síria.
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