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Principal grupo paquistanês talibã reivindica autoria do ataque em Quetta

25/10/2016 08h35

Islamabad, 25 out (EFE).- O principal grupo insurgente do Paquistão, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou nesta terça-feira a autoria de um ataque a um centro policial em Quetta, que deixou 62 mortos, depois de Estado Islâmico (EI) também ter assumido a responsabilidade pelo atentado.

"O ataque foi em resposta aos assassinatos de nossos combatentes em custódia policial. Continuaremos até que a lei islâmica seja imposta no país", indicou o TTP em nota enviada aos jornalistas.

Segundo o texto, assinado pela divisão do TTP em Karachi, quatro homens participaram do ataque e mataram 65 policiais.

No entanto, o general da guarda de fronteira Shef Afgan responsabilizou o grupo insurgente sunita Lashkar-e-Jhangvi, uma organização de vocação sectária. Além disso, o militar afirmou que o ataque foi organizado a partir do Afeganistão.

O EI reivindicou a autoria do ataque, segundo a agência "Amaq", vinculada aos jihadistas. Três integrantes do grupo teriam enfrentado os policiais por quatro horas, usando fuzis e bombas caseiras instaladas em coletes, em uma ofensiva que começou na madrugada de hoje. Dois deles acionaram os explosivos, diz a "Amaq".

O TTP é composta por diferentes grupos islamitas. Desde a operação militar que começou em junho de 2014 nas regiões tribais, as atividades diminuíram significativamente.

A província de Baluchistão, da qual Quetta é capital, é palco habitual de ataques de grupos separatistas, milícias islamitas e redes de crime organizado que operam em todo o país.

Em agosto, um suicida acabou com a vida de 72 advogados em um hospital de Quetta, onde estavam por causa do assassinato uma hora antes de outro profissional da categoria.