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Maduro pede que empresários e operários recusem greve convocada pela oposição

26/10/2016 19h03

Caracas, 25 out (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quarta-feira aos trabalhadores e empresários do país que não atendam à convocação da greve geral de 12 horas feita pela oposição para a próxima sexta-feira, como forma de protesto contra o governo.

"Convoco ao trabalho, e com o trabalho derrotaremos aqueles que querem prejudicar a nossa pátria, aqueles que querem violência, aqueles que querem levar a pátria a uma desestabilização", disse o chefe de Estado venezuelano a milhares de simpatizantes ao término de uma manifestação convocada pelo chavismo em Caracas em seu apoio.

Maduro disse que está em "busca de novas respostas para que haja justiça e paz na Venezuela" e garantiu aos simpatizantes que os opositores não terão sucesso em seus planos que, segundo ele, buscam a desestabilização e a materialização de um golpe de Estado.

"(Os opositores) estão bêbados, estão desesperados e receberam a instrução do norte de acabar com a revolução bolivariana", afirmou Maduro, que relacionou as atividades opositoras contra ele com o fim do mandato do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

"Obama vai embora e quer destruir a Venezuela antes de sair", expressou Maduro.

As declarações do presidente foram feitas ao término de uma manifestação do chavismo para demonstrar apoio ao governante, ao mesmo tempo em que o antichavismo realizava outra grande manifestação do outro lado da cidade.

Esta é a segunda vez em dois dias que os governistas se mobilizam no centro da capital venezuelana. Na terça-feira, em atividade similar, os partidários do governo se reuniram para fazer uma "demonstração de força" perante os ataques dos opositores do Executivo venezuelano.

O governo acusa a oposição de realizar um golpe com a Assembleia Nacional (AN, parlamento) controlada pelo antichavismo após a câmara aprovar o início de um processo para determinar a responsabilidade política do presidente Maduro na "ruptura do fio constitucional" no país e o suposto "abandono de seu cargo".